PRESSÃO
SAÍDA DE BRUNO ARAÚJO NESTA SEGUNDA PRECIPITOU A REFORMA MINISTERIAL
Publicado: 14 de novembro de 2017 às 08:45
O PRESIDENTE NÃO ESPERAVA QUE ARAÚJO FOSSE ANTECIPAR SUA SAÍDA DO CARGO, PRECIPITANDO ASSIM, A REFORMA MINISTERIAL (FOTO: DIDA SAMPAIO/ ESTADÃO)
Três horas depois de o ministro das Cidades, Bruno Araújo, ter entregue sua carta de demissão, o Palácio do Planalto distribuiu uma nota oficial confirmando a sua saída e informando que o presidente Michel Temer "dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro". Na nota, Temer agradece a Bruno Araújo pelos "bons serviços prestados".
O presidente não esperava que Araújo fosse antecipar sua saída do cargo, precipitando assim, a reforma ministerial. A nota foi divulgada depois de uma rodada de reuniões do presidente Temer com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria Geral, Moreira Franco, e da Secretaria de Governo, Antõnio Imbassahy, além do secretário de Imprensa, Márcio Freitas.
Araújo era um dos quatro ministros tucanos no governo. Desde a votação da segunda denúncia, partidos do Centrão vinham pressionando Temer por uma reforma ministerial que lhes desse mais espaço no governo e excluísse os tucanos do alto escalão, em troca de aprovar projetos de interesse do governo como a reforma da Previdência. Pelo seu gordo orçamento, o Ministério das Cidades era um dos principais objetivos da base aliada.
O tucano Imbassahy, cujo cargo também é pleiteado por partidos do chamado Centrão, não deu sinais ainda de que poderá deixar o governo. (AE)
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