sábado, 11 de novembro de 2017

Em reunião, comandantes militares mostram preocupação com as eleições 2018



  • 11/11/2017



A Folha de São Paulo publicou nesta quarta-feira (8) matéria revelando o conteúdo de uma reunião entre os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Segundo o jornal, na ata do encontro os oficiais dizem estar preocupados com a falta de tranquilidade do atual momento político e econômico e com o impacto desse cenário nas eleições do próximo ano.

A cúpula das Forças Armadas também teria se posicionado contra às declarações do general Antônio Hamilton Mourão, secretário de finanças do Exército, que recentemente causou polêmica ao afirmar que as Forças Armadas poderiam “impor uma solução” à crise política no País. O documento de agora diz que “cabe a todos os brasileiros a mais estrita observância dos preceitos constitucionais”.

“É preciso que o país construa o ambiente de tranquilidade necessário para prosseguir no esforço de superação das dificuldades econômicas, essencial para a defesa da soberania e dos interesses nacionais para que tenhamos um processo eleitoral tranquilo no próximo ano”, diz um trecho da ata.
O Conselho Militar de Defesa é integrado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e os chefes do Exército, Marinha, Aeronáutica e Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Criado em 1999, ele tem função de assessorar o presidente da República “no que concerne ao emprego de meios militares”. As reuniões, que ocorrem a cada dois meses, servem para ajustar e uniformizar o discurso entre as diferentes Forças, de forma a diminuir falhas de comunicação.


O crescente apoio dos brasileiros a uma intervenção militar ocorre por dois fatores principais: primeiro, a descrença generalizada da população com os políticos e outros poderes, com destaque para o Judiciário, manchado também pela corrupção. O segundo advém da enorme aprovação que as Forças Armadas possuem entre os brasileiros. A última pesquisa Datafolha apontou que 83% dos entrevistados confiam nos homens fardados.

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