- 11/11/2017
A Folha de São Paulo publicou nesta quarta-feira
(8) matéria revelando o conteúdo de uma reunião entre os comandantes do
Exército, Marinha e Aeronáutica. Segundo o jornal, na ata do encontro
os oficiais dizem estar preocupados com a falta de tranquilidade do
atual momento político e econômico e com o impacto desse cenário nas
eleições do próximo ano.
A cúpula das Forças Armadas também teria se
posicionado contra às declarações do general Antônio Hamilton Mourão,
secretário de finanças do Exército, que recentemente causou polêmica ao
afirmar que as Forças Armadas poderiam “impor uma solução” à crise
política no País. O documento de agora diz que “cabe a todos os
brasileiros a mais estrita observância dos preceitos constitucionais”.
“É preciso que o país construa o ambiente de
tranquilidade necessário para prosseguir no esforço de superação das
dificuldades econômicas, essencial para a defesa da soberania e dos
interesses nacionais para que tenhamos um processo eleitoral tranquilo
no próximo ano”, diz um trecho da ata.
O Conselho Militar de Defesa é integrado pelo
ministro da Defesa, Raul Jungmann, e os chefes do Exército, Marinha,
Aeronáutica e Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Criado em 1999,
ele tem função de assessorar o presidente da República “no que concerne
ao emprego de meios militares”. As reuniões, que ocorrem a cada dois
meses, servem para ajustar e uniformizar o discurso entre as diferentes
Forças, de forma a diminuir falhas de comunicação.
O crescente apoio dos brasileiros a uma
intervenção militar ocorre por dois fatores principais: primeiro, a
descrença generalizada da população com os políticos e outros poderes,
com destaque para o Judiciário, manchado também pela corrupção. O
segundo advém da enorme aprovação que as Forças Armadas possuem entre os
brasileiros. A última pesquisa Datafolha apontou que 83% dos
entrevistados confiam nos homens fardados.
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