sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

EUA e México falam em 'passos importantes' sobre imigração






Chefes da política externa dos dois países se reuniram





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Em meio à polêmica sobre a construção de um muro na fronteira entre México e Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores do país latino, Luis Videgaray, afirmou nesta quinta-feira (23) que foram dados "passos importantes" na questão da imigração.


A declaração foi dita após um encontro com os secretários norte-americanos de Estado, Rex Tillerson, e Segurança Nacional, John Kelly, na Cidade do México. Essa foi a primeira reunião envolvendo o alto escalão das duas nações após o presidente Donald Trump ter assinado o decreto ordenando a edificação da barreira.
"Foram dados passos importantes na direção certa", disse Videgaray, sem especificar quais avanços seriam esses. Já Tillerson ressaltou que o encontro foi "muito produtivo". "É normal que dois países às vezes tenham posições diferentes", acrescentou.
No entanto, o próprio chanceler mexicano deixou claro que o caminho para um acordo com os EUA sobre a questão migratória ainda é longo. "Não são possíveis decisões unilaterais por parte dos Estados Unidos", salientou.
Já Kelly prometeu a Videgaray que Washington não promoverá "expulsões em massa" de imigrantes e que a política do país de combate aos clandestinos não envolverá as Forças Armadas.
Recentemente, o governo Trump contratou 15 mil agentes para atuar contra a imigração ilegal e autorizou a deportação de estrangeiros sem documentos que estejam sendo julgados por algum crime - até então, só eram expulsos aqueles com alguma condenação.
O objetivo do republicano é deportar 11 milhões de clandestinos, incluindo 3 milhões que teriam antecedentes criminais. Mas a principal medida de seu plano anti-imigração é a construção de um muro de pelo menos US$ 15 bilhões na fronteira com o México, obra que Trump pretende cobrar do país vizinho.
Para financiar o projeto, o presidente estuda aumentar a taxação sobre produtos mexicanos. Essa postura, além das divergências em relação ao Nafta, abalaram as relações diplomáticas entre os dois países. O próprio mandatário dos EUA afirmou que a viagem de Tillerson ao México seria "difícil". (ANSA)



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