sábado, 2 de julho de 2016

Policiais do RJ recebem salário e gratificações na próxima semana

02/07/2016 16h40 - Atualizado em 02/07/2016 20h12

Governador Dornelles definiu pagamentos após reunião com secretários.

Demais servidores receberão apenas a segunda parcela do salário de maio.

Do G1 Rio
Após anunciar que pagará na segunda-feira (4) o restante dos salários de maio aos servidores da ativa, inativos e pensionistas do estado, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, informou neste sábado (2) que os agentes da área de segurança pública receberão também os vencimentos de junho e as gratificações que estavam em atraso.
Em reunião com os secretários de Fazenda, Julio Bueno, de Planejamento e Gestão, Francisco Antônio Caldas, e de Segurança, José Mariano Beltrame, Dornelles decidiu que policiais civis e militares também receberão os valores referentes ao Regime Adicional de Serviço (RAS) que estejam em atraso e a gratificação do Sistema Integrado de Metas (SIM) relativa ao primeiro semestre de 2015. Também participaram do encontro o comandante da Polícia Militar, coronel Edison Duarte dos Santos, e o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso.
Governador Francisco Dornelles na reunião deste sábado (2) que definiu pagamento a servidores da segurança pública (Foto: Shana Reis/Divulgação Governo do RJ)Governador Francisco Dornelles na reunião deste sábado (2) que definiu pagamento a servidores da segurança pública (Foto: Shana Reis/Divulgação Governo do RJ)
Na reunião, ficou acertado ainda que será feito o pagamento de R$ 43 milhões, referentes ao RAS Olímpico, que será pago aos três mil policiais que vão trabalhar no reforço do esquema de segurança para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, entre julho e setembro.
Já  a premiação do Sistema Integrado de Metas relativa ao segundo semestre de 2015 será paga na folha de agosto, sendo depositada em conta no décimo dia útil de setembro. Os pagamentos serão possíveis graças à ajuda recebida da União, no valor de R$ 2,9 bilhões, que foi liberada pelo MInistério da Fazenda nesta sexta-feira (1).
De acordo com o texto da Medida Provisória que concedeu o crédito suplementar ao estado do Rio, os recursos deveriam ser utilizados para auxiliar nas despesas com Segurança Pública decorrentes da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
"Nosso compromisso prioritário é com os servidores, por isso vamos começar a utilizar os recursos com eles. Eu posso garantir que, com a verba enviada ao Rio pelo presidente Michel Temer e com o empenho das polícias Militar e Civil, vamos ter as Olimpíadas mais seguras da história. Aproveito, mais uma vez, para agradecer ao presidente e sua equipe pelo apoio", afirmou Dornelles.
Protesto de policiais civis
No último dia 27, policiais civis fizeram uma paralisação, entre 8h e 16h, para denunciar as péssimas condições de trabalho enfrentadas pela categoria. Durante esse período, estarão suspensos os serviços de investigação. Os policiais também reivindicavam o pagamento integral dos salários e questionavam o corte no orçamento da instituição, que levou à falta até de água e papel para impressão de registros de ocorrência nas delegacias.
Um grupo de agentes chegou a exibir, no setor de desembarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim, uma faixa com os dizeres (em inglês): "Bem-vindo ao inferno: policiais e bombeiros não recebem, quem vier ao Rio de Janeiro não estará seguro".
Policiais levaram faixa para o galeão com os dizeres, em inglês: 'Bem-vindo ao inferno' (Foto: Reprodução/Globo)Policiais levaram faixa para o galeão com os dizeres, em inglês: 'Bem-vindo ao inferno' (Foto: Reprodução/Globo)
Atrasos se tornaram rotina
O atraso no pagamento dos salários se tornou rotina para os servidores da ativa e inativos do estado no fim do ano passado, quando o governo parcelou o 13º salário. Este ano, o governo passou a mudar a data de pagamento, primeiro para o sétimo dia útil do mês seguinte e depois para o décimo dia útil.
Em abril, o estado tomou uma medida drástica e anunciou que pagaria os salários de marçoapenas aos funcionários da ativa e inativos que ganhavam no máximo R$ 2 mil por mês. A medida acabou suspensa por decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, o que liberou a Justiça para confiscar o dinheiro disponível nas contas do estado a fim de pagar aos aposentados e pensionistas que ainda não haviam recebido.

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