domingo, 3 de julho de 2016

Dez presos da operação que investiga Lei Rouanet são soltos em SP

Permanecem na sede da PF em São Paulo, na Lapa, apenas Antonio Carlos Bellini, presidente do Grupo Bellini Cultural, e seus filhos Felipe Amorim e Bruno Amorim
POLÍTICA JUSTIÇAHÁ 1 HORAPOR FOLHAPRESS
Dez dos presos da operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (28), foram soltos na madrugada de sábado para domingo.
Permanecem na sede da PF em São Paulo, na Lapa, apenas Antonio Carlos Bellini, presidente do Grupo Bellini Cultural, e seus filhos Felipe Amorim e Bruno Amorim.
Umas das presas, que não teve a identidade revelada, já havia sido solta na sexta-feira (1º). Os demais detidos foram liberados por volta da meia-noite de domingo, após a expiração do prazo de prisão temporária de cinco dias.
Haviam sido expedidos 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal na operação, que investiga desvio de recursos na lei Rouanet.
Entre os alvos da busca está o Grupo Bellini Cultural, que atua há 20 anos no mercado e é, conforme a investigação, o principal operador do esquema. Antonio Carlos Bellini Amorim e sua mulher, Tânia Regina Guertas, que também foi detida e está entre os liberados, são descritos pelos investigadores como líderes da organização criminosa.
Os filhos Bruno Amorim e Felipe Amorim e a irmã de Bellini Zuleica Amorim também são acusados de pertencer à quadrilha. Felipe teria pagado seu casamento com recursos desviados da Lei Rouanet. A festa de luxo aconteceu na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Segundo a PF, o grupo fraudava a Rouanet desde 2001.
O relatório da PF aponta que Bellini, "por meio de diversas pessoas físicas e jurídicas a seu serviço", conseguia aprovar projetos culturais com renúncia fiscal junto ao Ministério da Cultura e à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo -o texto, entretanto, não detalha como se dava o esquema no órgão estadual.Em âmbito federal, a PF estima que foram desviados R$ 180 milhões em dinheiro público, por meio de notas frias, superfaturamento, sonegação de impostos e contratação de serviços e produtos fictícios, entre outras fraudes. Com informações da Folhapress.

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