sexta-feira, 10 de abril de 2015

PF lança nova fase da Lava Jato e mídia diz que ex-deputado André Vargas está entre presos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira uma nova fase da operação Lava Jato com investigações que abrangem outros órgãos federais além da Petrobras, e a mídia noticiou que entre os presos está o ex-deputado federal André Vargas, cassado por quebra de decoro no ano passado.
O nome de Vargas apareceu nas investigações da PF no âmbito da Lava Jato por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores do esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.
O ex-deputado, que já foi vice-presidente da Câmara, se desfiliou do PT em abril do ano passado após o surgimento das primeiras denúncias.
Segundo a TV Globo, o ex-deputado Luiz Argôlo, do partido Solidariedade, também foi preso pela PF na nova fase da Lava Jato.
Em nota, a PF afirmou que a investigação abrange desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais além de fatos ocorridos na Petrobras, principal foco do esquema bilionário de corrupção investigado pela Lava Jato.
Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais --7 de prisão, 9 de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão-- nos Estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, disse a PF.
"A atual fase tem por objetivo a investigação realizada em diversos inquéritos policiais e a partir da baixa de procedimentos que tramitavam perante o Supremo Tribunal Federal, apurando fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência", informou a polícia em nota.
A operação Lava Jato investiga um escândalo de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da Petrobras e pagariam propina a funcionários da estatal e operadores que lavariam dinheiro do esquema, repassando os valores de sobrepreço das licitações a políticos e partidos.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

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