Vegetação na Europa absorve mais CO2 do que era esperado
A vegetação na Europa absorve um volume anual de dióxido de carbono (CO2) duas vezes maior do que se esperava inicialmente, segundo um estudo elaborado a partir de informações fornecidas pelos satélites e divulgado pela ESA (Agência Espacial Europeia).
O relatório, elaborado por um grupo de cientistas da Universidade de Bremen (Alemanha), analisou pela primeira vez as medições de dióxido de carbono registadas conjuntamente pelos satélites da ESA, da NASA e do Instituto Nacional de Estudos Ambientais do Japão.
Os resultados coincidem ao calcular que a quantidade anual de dióxido de carbono absorvida pelas florestas europeias é duas vezes superior ao indicado por medições anteriores, realizadas a partir de estudos de campo tradicionais.
O coordenador do relatório, Maximilian Reuter, esclareceu que, apesar de tudo, «o volume de CO2 presente na atmosfera ainda é bastante alto».
O dióxido de carbono constitui o principal gás causador do efeito de estufa emitido como consequência de actividades humanas - a queima de combustíveis fósseis - e a sua forte presença na atmosfera explica o actual processo de aquecimento global.
Sem a acção das grandes áreas florestosas, que agem como «escoadouros de dióxido de carbono» ao extrair parcialmente este gás da camada atmosférica num ciclo fundamental para a vida, as taxas de CO2 seriam «muito mais elevadas», conclui o estudo.
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