domingo, 4 de janeiro de 2015

Quatro Irmãs: assim atua capitalismo brasileiro

Quatro Irmãs: assim atua capitalismo brasileiro

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Canteiro de obras da Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau (Rio Madeira, RO). Empresa  cresceu à sombra da ditadura, tornou-se transnacional, e atua em privatização de estradas e linhas de metrô.
Canteiro de obras da Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau (Rio Madeira, RO). Empresa cresceu à sombra da ditadura, tornou-se transnacional, e atua em privatização de estradas e linhas de metrô.
Como Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez ampararam-se no Estado para construir impérios que estendem-se das obras públicas e telefonia à produção de sandálias havaianas
Por Adriano Belisário, na Pública
Apesar de mais conhecidas no Brasil por sua atuação no setor de construção civil, as chamadas “quatro irmãs” – Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez – hoje atuam em diversas outras atividades. As empreiteiras respondem apenas por parte dos lucros destes grupos econômicos que atuam em todos os continentes, com foco nos mercados da África, América Latina e Ásia. Juntas, possuem empreendimentos que vão do agronegócio à moda, passando pela petroquímica, setor armamentício, telefonia e operação de concessões diversas.
Os controladores, porém, permanecem os mesmos e os maiores ganhos ficam com as famílias que comandam as empresas. “O controle de base familiar é uma característica da formação do capital monopolista dos grupos econômicos constituídos no Brasil. Embora isso não impeça a abertura de capital, esta é feita de modo a preservar sempre o controle acionário dos ativos mais rentáveis pelas famílias controladoras. Isso confere à estrutura societária desses grupos um formato piramidal, em que um controlador último controla toda uma cadeia de empresas”, analisa o cientista político da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) João Roberto Lopes Pinto, que coordena o Instituto Mais Democracia.
Além do controle familiar, outro traço comum é o fato de serem grandes financiadoras de campanhas. Entre as eleições de 2002 e 2012, juntas, as quatro empresas investiram mais de R$ 479 milhões em diversos comitês partidários e candidaturas pelo Brasil. No Estado do Rio de Janeiro, o PMDB é de longe o partido mais beneficiado, com R$ 6,27 milhões, mais que a soma dos quatro seguintes: PT, PSDB, PV e DEM. Porém os repasses podem ser ainda maiores em anos não-eleitorais. Em 2013, por exemplo, somente a Odebrecht repassou R$ 11 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados pelo PMDB. Veja mais no infográfico:

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