Ministro do Desenvolvimento diz que volta da CPMF seria 'retrocesso'
Para Monteiro, recriação seria 'desfuncional para a economia'.
Ele assumiu a pasta nesta quarta em substituição a Mauro Borges.
O novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (7) que a eventual recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) é um “grande retrocesso”.
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Armando Monteiro assumiu o ministério nesta tarde em substituição a Mauro Borges. Durante solenidade, anunciou um plano de incentivo às exportações.
Em entrevista à imprensa, comentou sobre possível volta da CPMF. “Essas especulações em torno da CPMF sempre estiveram mais localizadas no ambiente politico do que propriamente no ambiente de formulação da politica macroeconômica”, afirmou.
O ministro reconheceu que há “subfinanciamento” na área da saúde, mas disse esperar que a ideia de se reeditar a contribuição “não prospere”. “É um retrocesso pelas características do imposto, que é cumulativo e que, ao meu ver, é desfuncional para a economia”, completou.
Plano de exportações
Armando Monteiro disse que o Brasil “não pode se dar ao luxo” de não “enfrentar” a agenda de estímulo às exportações e aumento da competitividade. Ainda que o governo federal planeje ajustes fiscais para 2015, o comércio exterior é uma “prioridade irrecusável”, segundo o ministro.
Armando Monteiro disse que o Brasil “não pode se dar ao luxo” de não “enfrentar” a agenda de estímulo às exportações e aumento da competitividade. Ainda que o governo federal planeje ajustes fiscais para 2015, o comércio exterior é uma “prioridade irrecusável”, segundo o ministro.
“Hoje temos outro cenário, com problema de déficit de contas externas, déficit em conta corrente e, nesse momento, temos também um déficit na balança. Isso significa que temos um cenário diferente. Ou fazemos uma aposta firme nas exportações ou teremos condições de financiamento externo cada vez mais constrangedoras do ponto de vista do nosso raio de manobra”, afirmou.
Taxa ideal de câmbio
O novo ministro disse que não “arriscaria” definir uma “taxa ideal de câmbio”, mas afirmou que a expectativa é de que a cotação do dólar ante o real “flutue mais nos próximos anos”.
O novo ministro disse que não “arriscaria” definir uma “taxa ideal de câmbio”, mas afirmou que a expectativa é de que a cotação do dólar ante o real “flutue mais nos próximos anos”.
“Acho que, sem artificialismo, por conta da mudança da política monetária dos Estados Unidos, vai haver sim uma flutuação cambial que na sua essência traduz o próprio sistema de flutuação do câmbio, que é o nosso sistema”, declarou o ministro.
Após operar em queda durante a maior parte da sessão, chegando ao recuo de mais de 1% pela manhã, o dólar perdeu força e fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, a R$ 2,7035 na venda.
Demissões no setor automotivo
O ministro comentou as demissões de trabalhadores anunciadas recentemente pela Volkswagen e pela Mercedes-Benz. O governo acompanha o assunto, mas, segundo Monteiro, “não há nada que justifique uma intervenção”. Funcionários Mercedes-Benz fazem paralisações em São Bernardo do Campo (SP) e trabalhadores da Volkswagen iniciaram uma greve em resposta às demissões.
O ministro comentou as demissões de trabalhadores anunciadas recentemente pela Volkswagen e pela Mercedes-Benz. O governo acompanha o assunto, mas, segundo Monteiro, “não há nada que justifique uma intervenção”. Funcionários Mercedes-Benz fazem paralisações em São Bernardo do Campo (SP) e trabalhadores da Volkswagen iniciaram uma greve em resposta às demissões.
“Temos 130 mil a 140 mil trabalhadores no setor automobilístico e essas demissões evidentemente representam ainda algo que podemos considerar como uma questão ainda extremamente limitada”, afirmou.
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