Cessar-fogo das Farc reduz conflito ao menor nível em 30 anos na Colômbia
Informação é do Centro de Recursos para a Análise de Conflitos (Cerac).
Trégua unilateral da guerrilha armada começou no dia 20 de dezembro.
A Colômbia registrou nos últimos 21 dias, desde que as Farc iniciaram um cessar-fogo unilateral, os níveis mais baixos de atividade associada ao conflito armado desde meado dos anos 1980. A informação é do Centro de Recursos para a Análise de Conflitos (Cerac).
Segundo a Cerac, que monitora a atividade dos guerrilheiros, desde que as Farc anunciaram a trégua no dia 20 de dezembro de 2014, não foi registrada 'nenhuma violação ao cessar-fogo' por parte do grupo armado.
Além disso, o Cerac afirmou que foram observadas no período duas ações ofensivas da polícia contra as Farc. Nos combates, dois membros da organização foram capturados pelas autoridades.
A trégua iniciada em dezembro estaria condicionada a interrupção das operações das forças de segurança colombianas contra as estruturas das Farc, proposta rejeitada pelo presidente Juan Manuel Santos.
Os líderes do maior grupo guerrilheiro do país também reivindicaram uma fiscalização internacional do processo, algo também não aceito por Santos.
O documento do Cerac acrescentou que não pôde comprovar a realização de outras cinco operações policiais em diferentes regiões do país como denunciou a direção das Farc em Havana, sede dos diálogos de paz entre os guerrilheiros e o governo colombiano.
A única ação atribuída às Farc, também não verificada pelo Cerac, é a distribuição de um panfleto com ameaças contra o prefeito e diversos funcionários públicos da cidade de Yamural, no departamento de Antioquia, no nordeste do país.
Por outro lado, o Cerac afirma que o Exército Nacional de Libertação (ELN) realizou dois ataques contra policiais no departamento do Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela, durante o período avaliado.
O grupo também está na fase inicial de conversas com o governo colombiano, e quer estabelecer um acordo similar ao mantido entre as Farc e o Executivo.
Na última quarta-feira, o ELN emitiu um comunicado no qual afirma estar disposto a dialogar e abandonar as armas como parte de uma negociação de paz com Santos.
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