Segundo estudo, pouco tempo de atividade física já é responsável por melhorias para as regiões do cérebro relacionadas à memoria
25/09/2018 - 13H09/ ATUALIZADO 13H0909 / POR REDAÇÃO GALILEU(FOTO: CREATIVE COMMONS / KABOOMPICS)
Aciência já mostrou que vencer a preguiça e praticar uma atividade física pode não ser uma tarefa fácil. Mas não é só a balança que sente uma vida sedentária: ao preferir ficar no sofá vendo Netflix, seu cérebro também deixa de fazer importantes conexões que podem aguçar sua memória.
Nem precisa de muito tempo. Apenas 10 minutos de atividade leve já fazem a diferença, segundo estudo de uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia especialista no em pesquisas relacionadas à atividade cerebral.
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Pelo monitoramento das atividades cerebrais dos participantes, descobriram que após a atividade física, o hipocampo — região importante no armazenamento da memória — e as regiões cerebrais envolvidas na lembrança vívida das memória, estavam com seu funcionamento aguçado.
"Um passeio à noite é suficiente para obter algum benefício", disse ao The GuardianMichael Yassa, neurocientista da Universidade da Califórnia, e co-líder do projeto, acrescentando que a frequência e a quantidade exata de exercícios dependerão da idade da pessoa, nível de mobilidade, incapacidade potencial e outros fatores relacionados ao estilo de vida.
Michelle Voss, neurocientista da Universidade de Iowa que não está ligado ao estudo, descreveu as descobertas ao The Guardian como "intrigantes". “As regiões do cérebro envolvidas aqui também são as regiões que se acredita desempenhar um grande papel na deterioração da memória com o envelhecimento. Seria realmente emocionante ver esse tipo de experiência em adultos mais velhos ”, disse ela.
E é justamente que está fazendo agora a equipe de Yassa. "Nosso principal objetivo é tentar desenvolver uma prescrição de exercícios que possa ser usada por idosos que possam ter deficiências ou problemas de mobilidade, mas ainda assim possam adotar um regime de exercícios muito simples e, talvez, evitar o declínio cognitivo", contou.
Encorajado pelos resultados, Yassa e sua equipe mudaram seus hábitos no laboratório. “Eu tento fazer reuniões a pé de vez em quando, e tentamos nos levantar a cada duas horas e dar uma boa caminhada de 10 minutos. Com base na minha experiência, não apenas o grupo é mais produtivo, mas estamos mais felizes ”, disse ele.
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Por Aguiasemrumo:
Romulo Sanches de Oliveira
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