sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Quem Ameaça O PT Morre, Celso Daniel, Jose Roberto Soares Eles Sabiam De Mais..











Desde a morte de Celso Daniel tem-se uma fila imensa de cadáveres. E poucas respostas. A tese do Ministério Público é que Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema instalado na própria prefeitura, coordenado por ele, destinado a desviar recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra, amigo pessoal do prefeito, era acusado de ser o mandante. Sombra sofria de um câncer e morreu em decorrência de falência hepática no ano passado.
A lista de mortos ligados ao caso Celso Daniel impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Um é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do sequestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do sequestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
O investigador do Denarc Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do sequestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes. Veja a Lista de mortos no caso:
1) Celso Daniel: prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antônio Palácio de Oliveira: garçom. Assassinado em fevereiro de 2003.
3) Paulo Henrique Brito: testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003.
4) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado em dezembro de 2003.
5) Dionízio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado em abril de 2002.
6) Sérgio Orelha: amigo de Severo. Assassinado em 2002.
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
No  mês de Janeiro de 2018 o empresário José Roberto Soares Vieira desconfiava que algo de ruim estava para acontecer. Não era um simples pressentimento.  Ele foi morto com nove tiros na porta da sua empresa por um homem em uma motocicleta. O assassinato seria mais um de tantos que ocorrem todos os dias pelo Brasil afora, não fosse por um detalhe crucial: dois meses antes, a vítima havia delatado um esquema de arrecadação de propinas na Petrobras. Era testemunha de um braço de um caso investigado pela Operação Lava Jato envolvendo o PT da Bahia. Quem chamou atenção para esse fato foi o juiz Sergio Moro. Num despacho assinado no último dia 26, o magistrado advertiu: “Não se pode excluir a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado a esta ação penal, já que, na fase de investigação, o referido acusado aparentemente confessou seus crimes e revelou crimes de outros”. Traduzindo, Moro levantou a suspeita de que esse caso seja a primeira queima de arquivo, ou assassinato por vingança, da Lava Jato. E tudo leva a crer que ele tem razão.

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