Segue abaixo a opinião de Reinaldo de Azevedo, ex-Veja, sobre o crescimento de Lula e a participação de Moro nisso:
Só para lembrar, antes de tudo: no dia 17 de fevereiro escrevi a seguinte frase na coluna da Folha: “Se todos são iguais, Lula é melhor”. Eu advertir para o fato que de que a Lava Jato e a direita xucra estavam ressuscitando Lula como opção eleitoral. Agora vamos seguir.
(…)
E existe o Datafolha. E olhem que não é raro eu afrontar os critérios do instituto. Já aconteceu não uma nem duas vezes. Sei lá quantas. Mas o Datafolha não oferece o número que você quer ver ou o seu dinheiro de volta. O Datafolha nem vende nem se vende. Posto isso, vamos à obra que a insanidade jurídica, o direito achado na rua e a direita xucra estão oferecendo ao país. Quem está gostando do jogo é o general Hamilton Mourão, inclusive do jogo jogado por certa cobertura política incendiária, que agora declara, abertamente, que a lei não tem importância no caso Aécio. Se não importa no caso dele, importa em qual?
A Folha deste domingo traz uma pesquisa eleitoral para a Presidência. Apenas alguns dados foram divulgados. O levantamento foi feito na quarta e na quinta, depois da condenação de Lula, depois da nova novela sobre os recibos, depois da carta-vômito de Antonio Palocci, depois do general Mourão, depois de os porcos e as leitoas saírem por aí a pregar um golpe transitório.
Sabem o que aconteceu em relação ao levantamento anterior? Aumentou a vantagem de Lula em relação a seus adversários. O menor índice que ele obtém é 35%. No segundo turno, ele vence todos os adversários. Na pesquisa de junho, Marina (Rede) ainda empatava com ele. Agora, não mais. Ah, sim: Sergio Moro talvez vencesse. Nesse caso, há empate técnico, como havia em junho, com meros dois pontos de diferença, com o demiurgo de toga numericamente à frente. Mas Moro não será candidato. Ele só continuará como o principal cabo eleitoral de Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário