sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Ouro apreendido com Nuzman dava para fazer 2388 medalhas olímpicas


  • 06/10/2017
De terno, gravata e com a elegância que sempre lhe foi peculiar nos últimos 22 anos à frente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman deixou sua casa na quinta-feira acompanhado por agentes da Polícia Federal e levado para a sede do órgão no Rio de Janeiro, onde ficará preso pelos próximos cinco dias.

O homem que comanda o esporte brasileiro há mais de duas décadas sempre teve orgulho de dizer que, por isso, “não recebia um centavo”. No entanto, no pedido de prisão, o Ministério Público diz que, nos últimos 10 anos, Nuzman teve um “crescimento patrimonial de 457%”. A investigação revelou, inclusive, que ele mantinha 16 quilos de barras de ouro depositadas na Suíça.


Os 16 quilos seriam suficientes para a produção de 2.388 medalhas de ouro como as distribuídas nos Jogos do Rio – cada uma tinha, segundo o COB, cerca de 6,7 gramas de ouro.
“As declarações de imposto de renda de Carlos Nuzman não registram remuneração recebida do Comitê Olímpico Brasileiro ou do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos 2016. Por outro lado, Nuzman justifica a origem de seu patrimônio a partir do recebimento de valores de pessoas físicas e do exterior. Contudo não há explicações sobre quem efetivamente lhe remunerou”, afirma o MPF.
A prisão temporária de Nuzman foi decretada como parte da Operação “Unfair Play”, que investiga a suposta compra de votos de dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) na eleição que escolheu o Rio de Janeiro para se tornar sede da Olimpíada de 2016.
A defesa do presidente do COB ainda não se manifestou oficialmente sobre a prisão.
REINADO
Carlos Arthur Nuzman começou sua carreira no esporte dentro de quadra. Jogou vôlei até os 31 anos, quando decidiu entrar para o mundo dos dirigentes e se candidatou para o comando da Federação de Vôlei do Rio de Janeiro. Daí para a Presidência da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) foram mais dois anos e foi nela, a partir de 1975, que começou a construir seu “reinado” no esporte.

Sob seu comando, o vôlei foi transformado em uma modalidade atrativa e rentável e sua gestão passou a ser vista como “modelo” no país. E foi ali que seu estilo veio à tona – uma mescla de autoritarismo com articulação política, segundo pessoas ligadas ao esporte ouvidas pela reportagem.


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira.

O dia que o amado Povo judeu do Brasil deve sentir vergonha!

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