Em 26 de agosto de 2016, mesmo dia em que foi indiciada pela Polícia Federal no esquema do triplex do Guarujá, Marisa Letícia registrou em cartório a compra de uma área rural de 25 mil m², às margens da represa Billings, em São Paulo.
Segundo a escritura, anexada ao plano de partilhas de seu inventário, a mulher de Lula teria pago R$ 230 mil pela propriedade.
Uma semana depois de ser denunciada pelo MPF, em 22 de setembro, Marisa registrou em cartório a compra de outra área de 20,5 mil m², pela qual teria desembolsado outros R$ 530 mil.
As duas ‘novas’ propriedades fazem parte do chamado Sítio Engenho da Serra, mas conhecido como Los Fubangos, onde Lula fazia reuniões políticas.
Até então, Marisa havia informado à Receita Federal possuir o equivalente a apenas 36% da segunda área – o restante (64%), agora se sabe, estava em nome da família Higuchi.
Integrantes da Lava Jato ouvidos por O Antagonista acham estranho que Marisa tenha resolvido investir quase R$ 800 mil para ampliar seu patrimônio num momento tão delicado das investigações.
Mais provável que a mulher de Lula tenha sido pressionada a regularizar a situação da propriedade, que, pelo visto, estava havia décadas em nome da família Higuchi.
O patriarca dos Higuchi é Sadao Higuchi, que morreu em 1998 em circunstâncias nebulosas. Ele foi tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos.
Pouco antes de morrer, Paulo Henrique Amorim (ele mesmo), denunciou na Band que Sadao internalizava recursos ilegais do exterior por meio do escritório de Roberto Teixeira.
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