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Polícia do Senado não pode investigar crimes, distribui crachás à imprensa e cuida de senadores. Qual utilidade?
A Polícia Legislativa do Senado cresceu na estrutura organizacional do órgão ao longo das décadas e hoje é coordenada diretamente pela Presidência da Casa, o senador Renan Calheiros. É um efetivo de 161 policiais para 81 Senadores, ou seja, dois seguranças para cada parlamentar. Bem diferente do que dispõe o restante da população brasileira.
Além da segurança pessoal dos senadores, os policiais legislativos também são encarregados de fiscalizar a entrada e saída de pessoas e o policiamento, diurno e noturno, nas dependências do Senado Federal. A carreira tem como requisito o nível médio completo e paga remuneração inicial de R$ 16.014,16, para jornada de 40 horas semanais, podendo alcançar R$ 19.173,75 na classe especial. O diretor da Polícia Legislativa que foi preso ontem, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, recebe um salário de R$ 33 mil (sem descontos).
Uma particularidade é que a Polícia do Senado não tem atribuição para investigar crimes cometidos por Senadores, mesmo que o local do crime tenha sido um dos prédios sob responsabilidade do Senado. Nesse caso, a apuração fica a cargo do corregedor do Senado, que é sempre também um dos senadores.
Os policiais legislativos também possuem viaturas e fardas, semelhantes às roupas pretas usadas por policiais federais. Mas, na maior parte das atividades no Congresso, é comum os agentes vestirem paletó ou roupa social, no caso das mulheres.
Eles ainda são responsáveis por administrar a concessão de crachás para jornalistas e assessores credenciados para ter acesso ao Senado.
Ministério Público
Ontem (21), a Polícia Federal prendeu, em Brasília, quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados em operações da PF, como a Lava Jato. A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas de políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.
Não é a primeira vez que Polícia Federal e Polícia Legislativa se confrontam. Em 2006, a Polícia do Senado foi acusada de sabotar a Operação Mão-de-Obra, que investigava fraudes de contratos de terceirização milionários no Senado.
Na época, o Ministério Público denunciou uma possível intervenção do Senado para retirar documentos e câmeras de vigilância de dentro das dependências do prédio. O presidente do Senado na época já era Renan Calheiros.
22 de outubro de 2016
Por Aguiasemrumo:
Romulo Sanches de Oliveira
Indivíduo que pratica
atividades criminosas com legitimidade de poder público deveria devolver em
dobro tudo que recebeu, sem dó e sem piedade, inclusive os salários.
A verticalização do
crime gera criminalidade com recursos públicos e todo tipo de problema como
estamos vendo. Sou de uma época que o crime era horizontal, para sair do nada e
chegar ao topo não era qualquer um? Hoje políticos apequenados negociam direto
com o poder, ameaçam, roubam, envolvem pessoas inocentes e graças a Deus temos
uma Lava Jato!
O mais importante é:
Acabar com “incubadora de bandidos” Reforma do Artigo 17 da Constituição
Federal de 1988 Já! Urgente!
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