quarta-feira, 26 de outubro de 2016

GDF estima faltar R$ 76 milhões para pagar salários de servidores no dia 5

26/10/2016 19h48 - Atualizado em 26/10/2016 20h16

Sérgio Sampaio diz contar com dinheiro do Refis para honrar compromisso.
Governo precisa de R$ 300 milhões para férias de servidores da Educação.

Mateus VidigalDo G1 DF

O secretário da Casa Civil do DF, Sérgio Sampaio, durante entrevista sobre pagamento dos salários dos servidores (Foto: Mateus Vidigal/G1)O secretário da Casa Civil do DF, Sérgio Sampaio, durante entrevista sobre pagamento dos salários dos servidores (Foto: Mateus Vidigal/G1)
O chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Sérgio Sampaio, disse nesta quarta-feira (26) que pode faltar R$ 76 milhões para o pagamento dos salários de servidores de outubro, previsto para o próximo dia 5 de novembro. Ele afirmou que o governo espera conseguir fechar a conta com a arrecadação do Refis, programa de renegociação de dívidas com o GDF. Segundo ele, sem contar o dinheiro de tributos pagos até a data de pagamento, "falta muito mais".

Sampaio falou sobre outro problema que o GDF terá de enfrentar em poucos meses. De acordo com o secretário, o governo precisa levantar aproximadamente R$ 300 milhões para o pagar o adiantamento de férias coletivas de 40 mil servidores da Educação.
"Estamos confiantes que iremos arrecadar o dinheiro pelo Refis. Isso quer dizer que vamos atrasar os salários? Acreditamos que não. O programa ainda está aberto e esperamos uma maior adesão, como já é comum ao chegar o fim do prazo", afirmou. Segundo o secretário, se o GDF tiver êxito com a programa a arrecadação pode ser de R$ 200 milhões a mais.
"Nós vamos insistir no diálogo, sim. Nós percebemos que os servidores públicos do Distrito Federal estão percebendo o momento que estamos passando, respeitamos e compreendemos as demandas, mas esperamos compreensão [dos servidores]. Não queremos confronto ou guerra com os servidores públicos do Distrito Federal."
A folha de pagamento de servidores do GDF é de R$ 1,6 bilhão. O valor não inlcui a última parcela de reajuste aos servidores públicos nem as novas demandas, como é o caso de policiais civis. O secretário disse que não há previsão para o pagamento das reposições. "A gente não está inerte. Isso não é terrorismo, não estamos inventando uma justificativa para o não pagamento", afirmou.
Transparência
Sérgio Sampaio diz que o governo tem sido transparente ao informar os gastos com as entidades sindicais, mas que é preciso estabelecer limites na concessão de informações do orçamento do GDF.
"Nós só não podemos oferecer senhas para que haja um acesso irrestrito ao sistema do GDF. Isso a gente não pode fazer, pois temos restrições de natureza legal."
Corte de ponto
A respeito de servidores que estão em greve, o secretário afirmou que nenhum ponto havia sido cortado até a tarde desta quarta, mas que procedimentos administrativos para apurar condutas de funcionários que realizam paralisações foram instaurados.
"Nós vamos avaliar se a conduta desses servidores é adequada. Se não for, vamos cobrar de forma bastante rigorosa. Além disso, o corte de ponto é feito na folha de pagamento, então os funcionários só vão sentir isso depois de mais de um mês", disse.
Sumiço dos pontos na Saúde
Sobre a perda de dados sobre os pontos de servidores da saúde, Sampaio disse que pode haver relação entre funcionários grevistas e supostas sabotagens ao sistema de ponto.
"É possível que haja sim alguma correlação entre as categorias da saúde com indicativo de greve e o sumiço dos pontos eletrônicos. Mas, para fazer uma acusação concreta, temos que ter provas, não serei leviano de afirmar sem provas.
"

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