quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Estudantes reclamam de demora no atendimento on-line do Passe Livre

 postado em 26/09/2016 07:30

De acordo com os usuários, o site pelo qual se faz o cadastramento e toda a comunicação com o órgão não emite respostas. Diretor-geral do DFTrans afirma que problemas são pontuais


Alunos da rede particular do Distrito Federal que dependem do Passe Livre Estudantil para frequentar as aulas relataram problemas no acesso ao benefício e reclamam da demora para solucionar pendências referentes ao recadastramento obrigatório, lançado no início deste ano pelo Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), órgão responsável por gerenciar o sistema. De acordo com os usuários, o site pelo qual se faz o cadastramento e toda a comunicação com o órgão não emite respostas e deixa quem precisa do serviço sem saber o que fazer. 

Alguns relatam a diminuição do número de acessos. A universitária Andressa Guimarães, de 21 anos, diz que fica em “desespero” principalmente no fim do mês, já que depende exclusivamente do cartão. “É muito ruim você sair de casa apreensiva, pensando se vai conseguir passar o cartão nos ônibus”, reclama. Estudante de psicologia, Ellen Cristina, 21, diz que o cartão dela foi bloqueado mesmo com todos os documentos para atualização do cadastro entregues no prazo. “Não recebi nenhum e-mail e, depois de meses, continuei não recebendo nenhum. Aguardei o término do recesso, em julho, quando fui orientada a fazer outro cadastro e esperar 30 dias úteis para aprovação e até hoje nada”.

Ello Romanin, 21, afirma que passou pelo processo de recadastramento e teve o cartão renovado, mas com menos acessos. Fez pelo site a solicitação para a extensão do número de vezes que precisa usar o cartão. “Recebi a resposta do pedido após cinco dias e a solicitação foi recusada. Porém, no email constava anexos em nome de outro estudante e dados divergentes. Expliquei para que fossem mais atentos com relação a isso, pois foram vinculados dados pessoais de outra pessoa a mim”, conta. O aluno afirma que tentou enviar o e-mail por três vezes depois, mas sempre recebia uma mensagem automática, indicando que a “caixa de correio do destinatário está cheia e não pode aceitar mensagens no momento”. “Entrei novamente no site, para realizar o mesmo procedimento, já que foi recusado uma vez e simplesmente o site não carregava quando abria a guia de aumento de passes”.

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Germana Gabriella, 21, que também é estudante do ensino superior, disse que, em junho, o DFTrans enviou um e-mail solicitando a busca do novo cartão. Ao utilizá-lo, viu que não passava em nenhuma das linhas que ela havia solicitado autorização. Ao buscar explicações foi informada de que o cartão havia sido duplicado e que estaria na lista de agendamento para emissão de um novo. Há quase três meses, ela tenta contato e diz que não recebeu mais respostas. “Eu tenho custeado a passagem do meu bolso nesse período, inclusive registrei uma reclamação da ouvidora do GDF para ver se eles tomam alguma atitude”, afirma.

De acordo com o diretor-geral do DFTrans, Leo Carlos Cruz, não há número suficiente de reclamações por parte dos estudantes de que o sistema não esteja respondendo ou solucionando os problemas. Segundo ele, há casos pontuais e que, quando identificados, ganham prioridade para que sejam resolvidos. Informou também que, em vários casos, os alunos não comparecem nos dias agendados, e por isso, voltam para a lista de espera. 

Sobre o número de acesso, Leo Carlos afirma que foi adequado para a necessidade da maioria, e que a quantidade estabelecida é de 54 acessos, dando 4 acessos diários, conforme artigo 4º da Lei nº 4.462/2010 (Lei do Passe Livre Estudantil). Quem necessitar a extensão (o que corresponde de 5 a 7% dos estudantes), terá de comprovar pelo sistema e caso seja aprovado, terá o direito garantido.

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