O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar formalmente, até esta sexta-feira (21), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) por envolvimento nos desvios de dinheiro da Petrobras. A informação foi confirmado ao Blog por uma fonte com acesso às investigações.
Cunha e Collor estão relacionados no esquema apurado pela operação Lava Jato. Em julho, Cunha foi acusado pelo ex-consultor da Toyo Setal Julio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção, de ter pedido propina de R$ 5 milhões para que um contrato de navios-sonda da estatal do petróleo fosse viabilizado.
Collor é investigado como receptor de R$ 26 milhões em propinas, entre 2010 e 2014, por contratos firmados na BR distribuidora. Outro delator do esquema, Rafael Ângulo Lopez, braço direito do doleiro Alberto Yousseff, deu detalhes de como entregava propina na casa do ex-presidente da República, conforme mostrou o Blog.
Os dois fazem parte de uma lista de mais de 40 políticos acusados de envolvimento nas fraudes da Petrobras. Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito contra eles.
Confirmada a oficialização das denúncias contra Cunha e Collor nesta semana, o STF decidirá se aceita ou não o pedido. Em caso de resposta positiva, os políticos se tornarão réus e os processos contra eles serão abertos na Corte.
Cunha e Collor negam as acusações apontados pelos delatores do esquema de corrupção. O presidente da Câmara desafiou Julio Camargo a provar as acusações, enquanto o ex-presidente da República se disse indignado a apontou como falsa e mentirosa a versão.
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