EI domina cidade de Sirte com a ajuda de outro grupo terrorista local (foto: ANSA)
17 AGOSTO, 08:04•ROMA•ZGT
(ANSA) - Os governos da Itália, França, Alemanha, Espanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos condenaram "com força" os "atos bárbaros" cometidos pelos terroristas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) na cidade líbia de Sirte.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (17) pela Farnesina (Chancelaria italiana), as nações ainda apoiaram as ações das Nações Unidas na região.
"Estamos profundamente preocupados com as notícias que falam em bombardeamentos indiscriminados em bairros das cidades densamente habitadas e atos de violência cometidos para aterrorizar os habitantes. Mas, parabenizamos as recentes reuniões para o diálogo político e reforçamos todo nosso apoio ao diálogo guiado pelo enviado especial da ONU, Bernardino León", destaca a nota.
A Líbia está no meio de uma guerra civil entre grupos de diferentes correntes religiosas e políticas. Além dos confrontos internos, terroristas de outras regiões entraram e dominaram territórios na nação, causando ainda mais sofrimento para a população. O EI, por exemplo, conta com o apoio do Fajr Lybia na cidade de Sirte, que está desde o início do ano nas mãos dos jihadistas.
As seis nações ainda pediram para "todas as facções líbias" encontrar formas de "unir as próprias forças para combater a ameaça feita por grupos terroristas transnacionais que exploram a Líbia para seus próprios objetivos". O comunicado destaca o apoio à formação do acordo para criar um "governo de concórdia" para governar o país durante esse período de crise.
Ex-colônia italiana, a Líbia vive uma crise interna desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em outubro de 2011, no auge da Primavera Árabe. Após a morte do ditador, que estava há 40 anos no poder, foi criado o Conselho Nacional de Transição, reconhecido por vários países ocidentais, em uma tentativa fracassada de unir o país.
É do país também que partem grande parte das embarcações clandestinas com centenas de imigrantes ilegais de toda a região. Os traficantes utilizam a costa do país para chegar à Itália, já que fica a poucas milhas de seu litoral através do Mar Mediterrâneo. As autoridades de Roma estimam que mais de 103 mil pessoas tenham chegado ao país em barcos vindos da Líbia. (ANSA)
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