Manifestantes contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo (16) para protestar contra a corrupção. O ato foi convocado pela web e se repetiu em outras cidades do país, como Belém, Belo Horizonte, Maceió, Recife e Rio de Janeiro.
A concentração para o protesto começou às 9h, no Complexo Cultural da República. Os manifestantes saíram em marcha até o Congresso Nacional, onde se concentraram no gramado em frente ao espelho d’água com faixas e bandeiras.No auge da manifestação, às 12h30, cerca de 55 mil pessoas participavam do protesto na Esplanada, segundo os organizadores. A Polícia Militar contabilizou 25 mil manifestantes. Até o término do ato, a PM não havia registrado ocorrências de gravidade.
Carros de som levados pelos organizadores do protesto enunciaram palavras de ordem contra o governo Dilma e a corrupção. Ao final da manifestação, foi tocado o hino nacional. A maior parte dos manifestantes começou a deixar a Esplanada ao final do hino.
Durante o protesto, os policiais fizeram quatro barreiras para revistar manifestantes com mochilas. A PM havia vetado o uso de máscaras por manifestantes, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão.
‘Demandas’
Entre os participantes do ato, houve quem pedisse o impeachment da presidente Dilma, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a volta do também ex-presidente José Sarney ao governo, o retorno dos militares ao poder e até manifestações contrárias ao protesto deste domingo.
Um boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestindo roupa listrada de presidiário foi levado para a Esplanada. Os manifestantes pediam que Lula fosse colocado em uma cela com presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Entre os participantes do ato, houve quem pedisse o impeachment da presidente Dilma, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a volta do também ex-presidente José Sarney ao governo, o retorno dos militares ao poder e até manifestações contrárias ao protesto deste domingo.
Um boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestindo roupa listrada de presidiário foi levado para a Esplanada. Os manifestantes pediam que Lula fosse colocado em uma cela com presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Nem o ex-governador do Distrito FederalAgnelo Queiroz escapou das críticas – um cartaz questionava a gestão do petista no Distrito Federal. Agnelo não conseguiu chegar ao segundo turno nas eleições para governador na eleição de outubro passado.
O empresário Antônio Carlos Peixoto e o filho João, de 7 anos, chegaram às 8h na Biblioteca Nacional. Eles percorreram quase 30 quilômetros de casa até o local e pretendiam participar de toda a manifestação.
"Acho que as manifestações não se restringem só ao 'Fora, Dilma', 'Fora, PT', embora esse governo realmente não nos represente. Nossas mudanças mais fortes têm que ser uma reforma política. Participei do 'Fora, Collor' e não vi grande mudança desde então", afirmou o empresário.
Destoando dos outros participantes, o aposentado João Brasil, de 63 anos, se disse contrário às manifestações que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff. Ele mora em Sobradinho e chegou às 7h30 no centro de Brasília.
Vendas
Ambulantes aproveitaram a manifestação para expor bandeiras e camisetas da seleção brasileira. Também havia vendedores de pipoca e churrasquinho em váruos pointos da Esplanada.
Ambulantes aproveitaram a manifestação para expor bandeiras e camisetas da seleção brasileira. Também havia vendedores de pipoca e churrasquinho em váruos pointos da Esplanada.
O vendedor José Mário levou 80 camisetas e bandeiras do Brasil para o protesto em Brasília. Ele disse acreditar ser a favor do ato por acreditar que é preciso uma mudança política. "Da outra vez lotou. Não sei como vai ser essa, mas espero que dê para vender tudo", afirmou. "Eu acho que tem que mudar, mas não sei quem poderia entrar no lugar. Só sei que a vida está difícil."
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