Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-gerente-assistente do Banco do Brasil Rinaldo Gonçalves de Carvalho afirmou nesta terça-feira (18) que as contas da doleira Nelma Kodama, acusada de atuar em parceria com o doleiro Alberto Youssef, movimentavam até R$ 1 milhão por dia. Ele também contou que pegou emprestado dela R$ 4 mil, mas, segundo Carvalho, não teve a "oportunidade de pagar de volta”.
Carvalho foi demitido do banco após virem à tona as denúncias da Operação Lava Jato. Ele chegou a ser preso pela operação no ano passado e informou ter sido condenado a dois anos e oito meses de prisão no regime aberto. A condenação foi motivada pelo crime de corrupção passiva, por ele ter recebido valores de Nelma, não informar sobre as transações suspeitas ao Coaf e por ajudar a transferir dinheiro de conta sob bloqueio judicial.
Carvalho foi demitido do banco após virem à tona as denúncias da Operação Lava Jato. Ele chegou a ser preso pela operação no ano passado e informou ter sido condenado a dois anos e oito meses de prisão no regime aberto. A condenação foi motivada pelo crime de corrupção passiva, por ele ter recebido valores de Nelma, não informar sobre as transações suspeitas ao Coaf e por ajudar a transferir dinheiro de conta sob bloqueio judicial.
“Iam entrando depósitos na conta dela, 500, 600 mil, às vezes até 1 milhão de reais. Aí, ela chegava no final do dia, ela pegava um cheque e transferia para a empresa TOV [corretora de câmbio investigada pela Lava Jato]”, contou Carvalho. A doleira Nelma Kodama foi condenada a 18 anos de prisão por evasão de divisas, operação de instituição financeira irregular, evasão de divisas tentada, corrupção ativa e pertinência a organização criminosa.
Embora considerasse a movimentação financeira da doleira “fora do normal”, o ex-funcionário do BB negou que tivesse acobertado operações de lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, ele gerenciava as contas da doleira no banco e encobria as atividades do grupo, acusado de lavagem e evasão de divisas.
De acordo com Carvalho, a movimentação nas contas de Nelma chamava a atenção e por conta do volume. No entanto, ele alega que não era sua função comunicar às autoridades de controle, como o Coaf, sobre operações suspeitas. “Pelo movimento, a gente acha estranho, mas a obrigação de fazer a denúncia ao Coaf é do gerente”, disse.
Ele argumentou que, como assistente, não tinha nem acesso ao sistema de comunicação ao Coaf. “Só o gerente da conta tem acesso ao sistema e informa ao Coaf a suspeita de lavagem de dinheiro. O assistente não tem nem acesso a esse sistema”, disse.
Sobre os depósitos no valor total de R$ 4 mil feitos por Nelma em sua conta, o ex-funcionário do banco alegou que se tratou de um empréstimo. “Fiz algo que não se deve fazer, que é pedir dinheiro emprestado para cliente. E ela me emprestou. Não tive a oportunidade de pagar de volta”.
Diversos deputados questionaram a sua atuação dentro do banco. Celso Pansera (PMDB-RJ) afirmou que considerava difícil de acreditar que “a sua relação fosse tão pura, tão inocente, tão informal” com a doleira.
Embora considerasse a movimentação financeira da doleira “fora do normal”, o ex-funcionário do BB negou que tivesse acobertado operações de lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, ele gerenciava as contas da doleira no banco e encobria as atividades do grupo, acusado de lavagem e evasão de divisas.
De acordo com Carvalho, a movimentação nas contas de Nelma chamava a atenção e por conta do volume. No entanto, ele alega que não era sua função comunicar às autoridades de controle, como o Coaf, sobre operações suspeitas. “Pelo movimento, a gente acha estranho, mas a obrigação de fazer a denúncia ao Coaf é do gerente”, disse.
Ele argumentou que, como assistente, não tinha nem acesso ao sistema de comunicação ao Coaf. “Só o gerente da conta tem acesso ao sistema e informa ao Coaf a suspeita de lavagem de dinheiro. O assistente não tem nem acesso a esse sistema”, disse.
Sobre os depósitos no valor total de R$ 4 mil feitos por Nelma em sua conta, o ex-funcionário do banco alegou que se tratou de um empréstimo. “Fiz algo que não se deve fazer, que é pedir dinheiro emprestado para cliente. E ela me emprestou. Não tive a oportunidade de pagar de volta”.
Diversos deputados questionaram a sua atuação dentro do banco. Celso Pansera (PMDB-RJ) afirmou que considerava difícil de acreditar que “a sua relação fosse tão pura, tão inocente, tão informal” com a doleira.
Outros depoimentos
Ainda deve ser ouvido nesta terça José Aparecido Augusto Eiras, gerente-geral da agência onde Carvalho trabalhava.
Também estavam previstos os depoimentos de Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro Alberto Youssef, e Richard Andrew Van Otterloo, sócio do doleiro Raul Srour, também ligado Youssef.
Meirelles é acusado de ceder empresas, como o laboratório Labogen, para que Youssef fizesse repasses de recurso ao exterior. A CPI não conseguiu localizá-lo a tempo para entregar a intimação, o que só ocorreu nesta terça. Uma nova data será marcada para o seu depoimento.
No caso de Otterloo, a defesa dele informou que ele estava viajando e não teve tempo hábil para viajar a Brasília para depor na CPI. Uma nova data também será agendada
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Ainda deve ser ouvido nesta terça José Aparecido Augusto Eiras, gerente-geral da agência onde Carvalho trabalhava.
Também estavam previstos os depoimentos de Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro Alberto Youssef, e Richard Andrew Van Otterloo, sócio do doleiro Raul Srour, também ligado Youssef.
Meirelles é acusado de ceder empresas, como o laboratório Labogen, para que Youssef fizesse repasses de recurso ao exterior. A CPI não conseguiu localizá-lo a tempo para entregar a intimação, o que só ocorreu nesta terça. Uma nova data será marcada para o seu depoimento.
No caso de Otterloo, a defesa dele informou que ele estava viajando e não teve tempo hábil para viajar a Brasília para depor na CPI. Uma nova data também será agendada
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