domingo, 16 de agosto de 2015

Donos de cães organizam passeata contra proibição de animais na Ermida Cerca de 2,5 mil pessoas já confirmaram presença no protesto por meio de página criada nas redes sociais

Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press


Após o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) anunciar que a entrada de animais de estimação na Ermida Dom Bosco será proibida a partir de 1º de setembro, um grupo de donos de cachorros está organizando um protesto contra a medida. Marcada para 30 de agosto, a manifestação contará com uma passeata pela reserva ambiental e finalizará com um banho coletivo dos cães no Paranoá. Cerca de 2,5 mil pessoas já confirmaram presença no protesto por meio de página criada nas redes sociais. Desde o início da semana, uma faixa na entrada do parque avisa sobre a determinação do Ibram. Som de carros, bebida alcoólica e pescaria também serão vetados.

“Venho à Ermida desde que era adolescente e costumo trazer meu cachorro toda semana. Há uma tendência mundial de tentar levar a população para os parques. Medidas como a do Ibram só afastam os moradores”, critica a funcionária pública Luciane Freitas, 46 anos, moradora do Lago Sul. Dona de uma cadela da raça pastor-alemão chamada Samantha e dois yorkshires, ela criou o evento no Facebook convocando as pessoas para o protesto, com o nome “Ermida Dom Bosco: seu melhor amigo não merece ser excluído”. “Sempre trago meu cachorro com guia e focinheira, além de carregar saquinhos para pôr o cocô. Eu entendo que tenha gente que não faz isso, mas punir todo mundo por causa de alguns é errado.”

Nos passeios com os cachorros na Ermida, Luciane conheceu vários outros donos de cães, que decidiram se somar à causa. “Nesta época de seca, o Lago Paranoá é uma opção refrescante para os cachorros. Ainda mais para quem mora em apartamento. Os bichinhos sofrem”, diz a arquiteta Caroline Christofoli, 23, moradora do Sudoeste. Sempre que pode, ela gosta de levar o pug Chaves para brincar na reserva ecológica. A advogada Mariana Albuquerque, 34, moradora do Park Way, endossa a opinião da jovem. “Acho a proibição um absurdo. A Ermida é um espaço de convivência, onde podemos fazer amigos com os mesmos hobbies que a gente”, reclama. Ela é dona da terranova Noa.

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