Após o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) anunciar que a entrada de animais de estimação na Ermida Dom Bosco será proibida a partir de 1º de setembro, um grupo de donos de cachorros está organizando um protesto contra a medida. Marcada para 30 de agosto, a manifestação contará com uma passeata pela reserva ambiental e finalizará com um banho coletivo dos cães no Paranoá. Cerca de 2,5 mil pessoas já confirmaram presença no protesto por meio de página criada nas redes sociais. Desde o início da semana, uma faixa na entrada do parque avisa sobre a determinação do Ibram. Som de carros, bebida alcoólica e pescaria também serão vetados.
“Venho à Ermida desde que era adolescente e costumo trazer meu cachorro toda semana. Há uma tendência mundial de tentar levar a população para os parques. Medidas como a do Ibram só afastam os moradores”, critica a funcionária pública Luciane Freitas, 46 anos, moradora do Lago Sul. Dona de uma cadela da raça pastor-alemão chamada Samantha e dois yorkshires, ela criou o evento no Facebook convocando as pessoas para o protesto, com o nome “Ermida Dom Bosco: seu melhor amigo não merece ser excluído”. “Sempre trago meu cachorro com guia e focinheira, além de carregar saquinhos para pôr o cocô. Eu entendo que tenha gente que não faz isso, mas punir todo mundo por causa de alguns é errado.”
Nos passeios com os cachorros na Ermida, Luciane conheceu vários outros donos de cães, que decidiram se somar à causa. “Nesta época de seca, o Lago Paranoá é uma opção refrescante para os cachorros. Ainda mais para quem mora em apartamento. Os bichinhos sofrem”, diz a arquiteta Caroline Christofoli, 23, moradora do Sudoeste. Sempre que pode, ela gosta de levar o pug Chaves para brincar na reserva ecológica. A advogada Mariana Albuquerque, 34, moradora do Park Way, endossa a opinião da jovem. “Acho a proibição um absurdo. A Ermida é um espaço de convivência, onde podemos fazer amigos com os mesmos hobbies que a gente”, reclama. Ela é dona da terranova Noa.
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