As imagens que a televisão francesa exibiu, bem como as informações veiculadas pela rádio "puseram em risco a vida" de Lilian Lepere, alega o sobrevivente para justificar o processo contra alguns meios de comunicação.
Lilian Lepere passou oito horas escondido dentro de um armário, aparentemente sem o conhecimento dos irmãos Kouachi, autores do massacre ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, que se refugiram no interior de uma gráfica em Dammartin-en-Goële, a norte de Paris, depois de uma troca de tiros com a polícia. O seu patrão ainda foi feito refém mas acabou por ser libertado. O impasse terminou com o assalto das forças especiais, que resultou na morte dos dois suspeitos. Lilian Lepere foi libertado ileso.
Durante o cerco à gráfica, pelo menos três canais de televisão e estações de rádio revelaram a possível presença de uma pessoa dentro do edifício.  
"Fornecer informação sem uma consideração cuidadosa pode ser uma ameaça a outras vidas", afirmou à Associated Press o advogado de Lepere, Antoine Casubolo Ferro.