Os nomes dos ex-deputados André Vargas (PT-PR), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), presos nesta sexta-feira na 11ª etapa da Lava Jato, já vinham aparecendo nas investigações da operação. Os três são suspeitos de terem ligações com o esquema de desvio e lavagem de dinheiro alvo da Polícia Federal. Outras quatro pessoas foram presas na manhã desta sexta.
André Vargas teve o nome ligado à operação nas primeiras fases da Lava Jato, no primeiro semestre de 2014. Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" da época havia informado que ele viajou em um avião emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, apontado pelas investigações como um dos líderes do esquema. Mais tarde, veio a público também a denúncia de que Vargas havia feito tráfico de influência no Ministério da Saúde a favor de uma empresa de Youssef.
Com as denúncias, o então deputado renunciou ao posto de vice-presidente da Câmara dos Deputados. Em dezembro, teve o mandato cassado pelo plenário da Casa. Desde que surgiram as denúncias, Vargas admite que conhece Youssef há mais de 2 anos, mas que não fez negócios irregulares com o doleiro.
Luiz Argôlo também é suspeito de ter ligações com o doleiro Youssef. Segundo a Polícia Federal, há indícios de que o ex-deputado "tratava-se de um cliente dos serviços prestados por Youssef, por vezes repassando dinheiro de origem aparentemente ilícita, intermediando contatos em empresas, recebendo pagamentos, inclusive tendo suas atividades operacionais financiadas pelo doleiro".
Argôlo teve o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara, mas a legislatura acabou antes que o processo fosse para o plenário da Casa. Ele não se reelegeu nas eleições do ano passado. O ex-deputado sempre negou as denO dinheiro, segundo Costa, foi repassado ao ex-deputado no primeiro semestre de 2010 e seria destinado para abastecer a campanha eleitoral de Pedro Corrêa naquele ano.Já Pedro Corrêa, que foi condenado no processo do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, teve o nome citado pelo delator do esquema investigado pela Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, como recebedor de propina de R$ 5,3 milhões.
Quando se tornaram públicas as declarações de Costa, o advogado do ex-deputado, Clóvis Corrêa, disse que desconhecia o recebimento de qualquer quantia em dinheiro para o financiamento de campanha de seu cliente.
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