O programa Cultivando Água Boa, implementado no Paraná e considerado pelas Nações Unidas (ONU) a melhor prática de gestão da água no mundo neste ano, está sendo apresentado na cidade São Paulo como alternativa para contornar a crise hídrica no estado.
Para o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, essa é uma estratégia local para o enfrentamento das mudanças climáticas e para a gestão de bacias hidrográficas, o que pode ajudar, neste momento de crise, a rever a forma de uso dos recursos hídricos.
A inclusão social e produtiva alcançou ainda comunidades indígenas e quilombolas, incentivando não só o cultivo de alimento, mas também a instalação de centros de artesanato e apoio para infraestrutura. “Há uma forte ação educacional e construção de uma cultura da água, da cultura de sustentabilidade, com ênfase nos nexos da água com a produção de energia, a produção de alimentos e a sustentação da comunidade de vida”, apresentou a Itaipu.
O secretário do Verde e Meio Ambiente, Wanderley Meira, disse que a educação ambiental é importante sobretudo na primeira infância. Ele destacou ainda que a cidade de São Paulo exige que tudo seja em grande escala, o que seria um desafio para implementação de programas como este.
“Também é importante frisar que, na cidade de São Paulo, quem cuida da água, tanto do seu manejo, do tratamento, do abastecimento e do acondicionamento é a Sabesp”, acrescentou. Apesar disso, ele observou que há ações que podem ser executadas pelo governo municipal. “Tem, sim, um papel da prefeitura, mas muito mais de educação ambiental e de preparar a população para o uso mais adequado do consumo do que necessariamente na operação da água.”
A comunidade poderá conhecer mais sobre o programa Cultivando Água Boa em uma exposição gratuita que está aberta no Museu Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).
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