(Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira que há expectativas em relação a uma renovação do Conselho de Administração da Petrobras com mais profissionais do mercado em detrimento de indicações políticas e que isso melhorará a governança no Brasil.
Citando melhoria nos processos de gestão da companhia, ele afirmou que "a governança continuará a ser melhorada lá, assim como a expectativa de ter um novo Conselho que será formado por pessoas do setor privado e que podem dedicar muito mais tempo para supervisionar a companhia".
As declarações foram dadas durante a participação dele em evento da Bloomberg, em Nova York.
Nas últimas semanas, houve relatos na imprensa brasileira de que novos nomes seriam incluídos na lista dos representantes do governo no Conselho da estatal.
No fim de março, o presidente-executivo da mineradora Vale, Murilo Ferreira, foi indicado pela União para a presidência do colegiado. Além dele, foram indicados pela União Aldemir Bendine, Francisco de Albuquerque, Ivan Monteiro, Luiz Navarro, Franklin Quintella e Luciano Coutinho.
Coutinho, Albuquerque, Navarro e Quintella já ocupam assentos no Conselho por indicação do acionista controlador, enquanto Bendine tem presença garantida no colegiado por ser presidente-executivo da estatal.
O único novo nome na lista, portanto, além do presidente da Vale, será o de Monteiro, diretor financeiro da Petrobras, que na prática substitui a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior.
A assembleia geral de acionistas deverá ocorrer em 29 de abril.
Ao falar sobre a Petrobras, Levy acrescentou que a presidente Dilma Rousseff disse anteriormente não ter conhecimento do esquema de pagamento de propinas envolvendo a estatal e que os gestores envolvidos no escândalo serão pessoalmente responsabilizados.
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