Por John Irish e Parisa Hafezi e Louis Charbonneau
LAUSANNE, Suíça (Reuters) - O Irã e seis potências chegaram nesta quinta-feira a um acordo preliminar para deter o programa nuclear iraniano por pelo menos uma década depois de oito dias de uma maratona de reuniões na Suíça.
Embora incerto, o entendimento abre caminho para conversas sobre um futuro pacto mais abrangente que deve apaziguar os temores ocidentais de que o Irã almejava construir uma bomba atômica e, em troca, levar à suspensão das sanções econômicas contra a República Islâmica.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em pronunciamento que o desfecho é um bom acordo, comparando-o com os pactos de controle de armas nucleares firmados por seus antecessores com a União Soviética, que “tornaram nosso mundo mais seguro” durante a Guerra Fria.
"Hoje, os Estados Unidos, juntamente com nossos aliados e parceiros, chegaram a um acordo histórico com o Irã que, se totalmente implementado, irá evitar que o país obtenha uma arma nuclear", declarou Obama.
De acordo com o acordo delineado, Teerã irá desligar mais de dois terços de suas centrífugas, que produzem urânio que poderia ser usado para fazer uma bomba, desmantelar um reator que poderia gerar plutônio e aceitar inspeções mais minuciosas.
"Hoje, demos um passo decisivo, criamos parâmetros", declarou a chefe de Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, em entrevista coletiva. "A determinação política, a boa vontade de todas as partes tornaram isso possível."
"Esta é uma decisão crucial, estabelecer a base acordada para o texto final de um plano de ação conjunto abrangente. Agora podemos começar a elaborar o texto e os anexos", detalhou Mogherini, que atuou como coordenadora das seis potências: Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Rússia e China.
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