Por Sylvia Westall e Mariam Karouny
BEIRUTE (Reuters) - Combatentes do Estado Islâmico tomaram um campo de refugiados palestino nos arredores da capital síria, Damasco, nesta quarta-feira, aproximando-se do reduto do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Um outro grupo, ligado à Al Qaeda, declarou que a sharia, a lei islâmica, irá governar uma cidade ocupada pelos rebeldes no norte da Síria.
Embora sem relação, os acontecimentos mostraram a predominância dos jihadistas em uma guerra que entra em seu quinto ano e o risco que representam para Assad, mesmo que ele pareça no controle de Damasco e de outras áreas populosas do oeste sírio.
O campo de refugiados palestino Yarmouk, que fica a alguns quilômetros do coração da capital e abriga milhares de pessoas, está em mãos de insurgentes e vem sendo assediado por forças do governo desde os primeiros dias do conflito iniciado em 2011.
Refletindo a maneira como o Estado Islâmico cresceu em todas as outras partes da Síria, seus combatentes assumiram o controle de áreas do campo de outros insurgentes, ajudados por rebeldes da adversária Frente Al-Nusra, ligada à Al Qaeda, que trocaram de lado, disse um ativista político na região.
“Eles abriram caminho pela área de Hajar Aswad, e os combatentes da Nusra se juntaram a eles, juraram lealdade ao Daesh”, relatou, mencionando o nome árabe do Estado Islâmico usado por seus oponentes.
Anwar Abdel Hadi, o representante da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Damasco, declarou: “O (Estado Islâmico) entrou em Yarmouk hoje. Há embates entre os militantes no momento”.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado em Londres, afirmou que o Estado Islâmico controlou algumas das principais ruas do campo devastado. Autoridades do governo não foram encontradas para comentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário