O conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Paulo Roberto Cortez, investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Zelotes, teria sido o primeiro a manifestar interesse em fazer acordo de delação premiada, publicou na edição desta terça-feira o jornal O Globo.
Durante depoimento na superintendência da PF em Brasília, Cortez foi questionado se poderia dar mais detalhes sobre a organização criminosa que fraudava sentenças do Carf sobre valores tributários contestados em troca de benefícios de redução de pena.
— Perguntamos se o senhor estaria disposto a realizar colaboração premiada cujos benefícios podem chegar a redução de pena, transformar pena de prisão em restritivas de direitos ou até mesmo o perdão judicial; ele respondeu que tem interesse — diz um trecho do depoimento, reproduzido pelo jornal.
Durante depoimento na superintendência da PF em Brasília, Cortez foi questionado se poderia dar mais detalhes sobre a organização criminosa que fraudava sentenças do Carf sobre valores tributários contestados em troca de benefícios de redução de pena.
— Perguntamos se o senhor estaria disposto a realizar colaboração premiada cujos benefícios podem chegar a redução de pena, transformar pena de prisão em restritivas de direitos ou até mesmo o perdão judicial; ele respondeu que tem interesse — diz um trecho do depoimento, reproduzido pelo jornal.
Em entrevista a Zero Hora, um dos procuradores responsáveis pela Zelotes, Frederico Paiva, havia afirmado que o Ministério Público Federal (MPF)já analisa possíveis delações premiadas.
Também no depoimento à PF, Cortez dizia não receber propina para beneficiar clientes nas votações do Carf, mas contou que escrevia os votos do auditor José Ricardo Silva, apontado pela polícia como um dos mentores do esquema, no conselho. No relatório das investigações, a polícia afirma que Cortez teria uma empresa com a sócia de José Ricardo, Adriana Ribeiro.
Também no depoimento à PF, Cortez dizia não receber propina para beneficiar clientes nas votações do Carf, mas contou que escrevia os votos do auditor José Ricardo Silva, apontado pela polícia como um dos mentores do esquema, no conselho. No relatório das investigações, a polícia afirma que Cortez teria uma empresa com a sócia de José Ricardo, Adriana Ribeiro.
Conforme o Globo, Cortez teria entrado nas Justiças do Trabalho e Comum para receber honorários de José Ricardo — que teria sido o responsável pela sua indicação ao Carf pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A entidade explicou, em nota, que indica os candidatos "independente da bandeira de seu segmento econômico" e reforçou que a escolha é de competência do Comitê de Seleção de Conselheiros, vinculado à Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda.
Lista mostra 74 investigados na Zelotes e inclui empresas e partido político
Jornal cita 28 empresas investigadas na Operação Zelotes
Gravações mostram troca de conselheiros para facilitar redução de dívida tributária
Ainda na edição desta terça-feira, O Globo relatou escutas obtidas pela PF que mostravam que o grupo acusado de fraude chegou a trocar conselheiros no Carf para facilitar, segundo a investigação, a redução da dívida da Açominas, empresa pertencente ao Grupo Gerdau.
Jornal cita 28 empresas investigadas na Operação Zelotes
Gravações mostram troca de conselheiros para facilitar redução de dívida tributária
Ainda na edição desta terça-feira, O Globo relatou escutas obtidas pela PF que mostravam que o grupo acusado de fraude chegou a trocar conselheiros no Carf para facilitar, segundo a investigação, a redução da dívida da Açominas, empresa pertencente ao Grupo Gerdau.
Segundo o jornal, escutas de uma conversa entre Cortez e um de seus sócios, Nelson Mallmann, detalham a negociação de propina no valor de R$ 50 milhões — que seria obtida na facilitação de um processo de R$ 4 bilhões. No relatório, a PF afirma que o conselheiro José Ricardo Silva teria sido substituído por Valmir Sandri, porque sua atuação já levantava suspeitas.
Em nota, a Gerdau informou que não foi contatada por qualquer autoridade até o momento. Afirmou ainda que os contratos com escritórios externos foram firmados com cláusula que determina absoluto respeito à legalidade, cujo descumprimento acarreta na imediata rescisão dos mesmos. E garantiu que nenhuma importância foi paga ou repassada aos referidos escritórios externos.
— A Gerdau reitera, portanto, que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos e que está tomando as medidas necessárias para proteger seus direitos e sua reputação — afirmou a companhia.
O jornal O Globo tentou contato com Cortez e Mallmann, sem sucesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário