ÁDEN (Reuters) - Combatentes houthis e membros de um exército aliado entraram em confronto com milícias locais na cidade de Áden, no sul do Iêmen, neste domingo, e testemunhas afirmam que tiroteios e bombardeios pesados aconteceram em um bairro central perto do porto da cidade.
Forças houthis têm lutado para tomar Áden, último ponto de apoio a combatentes leais ao presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, que é apoiado pelos sauditas, avançando para o centro da cidade apesar de 11 dias de ataques aéreos de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.
A Arábia Saudita, país muçulmano sunita, lançou os ataque aéreos em 26 de março em uma tentativa de fazer recuar os xitas houthis, aliados do Irã e que já controlam a capital do Iêmen, Sanaa, e restaurar alguma autoridade do cambaleante Hadi.
A campanha aérea e marítima tem como alvo os comboios de houthis, mísseis e armazéns e também cortar eventuais reforços de fora – embora os houthis neguem as acusações sauditas de que eles são armados por Teerã.
O combate falhou até o momento na tentativa de infligir qualquer derrota decisiva as houthis, ou aos apoiadores do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que lutam ao lado deles, mas o crescente número de mortes e sofrimento humano têm alarmado grupos de ajuda.
A Organização das Nações Unidas disse na quinta-feira que mais de 500 pessoas foram mortas em duas semana de combates no Iêmen, enquanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha fez um apelo para uma trégua imediata de 24 horas para permitir que a ajuda chegue ao Iêmen.
O CICV, que culpou a coalização liderada pelos sauditas pelo atraso na remessa de ajuda, disse que recebeu aprovação para levar suprimentos médicos e equipe e espera enviar dois aviões na segunda-feira.
Um porta-voz da coalizão militar disse que o CICV teve aprovação para enviar auxílio, neste domingo, mas desistiu por causa de problemas com a empresa da qual fretou um avião.
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