quinta-feira, 16 de abril de 2015

Colisão de sonda com Mercúrio, a 30 de abril, marca fim da missão Messenger

© NASA NASA / ReutersA sonda espacial, lançada em 2004, irá chocar com Mercúrio (na imagem), a mais de 3,91 quilómetros por segundo, do lado do planeta mais afastado da Terra, o que impedirá os engenheiros da NASA de verem em tempo real a exata localização do impacto.

A missão Messenger, que estudou Mercúrio, vai chegar ao fim a 30 de abril, dia em que é esperada a colisão da sua sonda com a superfície do planeta, anunciou hoje a agência espacial norte-americana NASA.


A sonda espacial, lançada em 2004, irá chocar com Mercúrio, a mais de 3,91 quilómetros por segundo, do lado do planeta mais afastado da Terra, o que impedirá os engenheiros da NASA de verem em tempo real a exata localização do impacto.

A última manobra para impedir a colisão da sonda com o planeta, através de correções da órbita do aparelho, está agendada para 24 de abril.

Depois disso, esclarece a NASA num comunicado, a sonda não conseguirá escapar à forte atração gravitacional exercida pelo Sol sobre o planeta, o mais próximo do "astro-rei".

A sonda Messenger, da NASA, está na órbita de Mercúrio desde 18 de março de 2011, após ter feito uma viagem de mais de 6,5 anos.

As observações do aparelho permitiram dar, por exemplo, suporte à hipótese de que Mercúrio tem água gelada em abundância nas suas crateras polares, que estão permanentemente à sombra.

Segundo a equipa científica da missão, a água agora armazenada nos depósitos de gelo das crateras polares parece ter sido transportada para Mercúrio pelos cometas e asteroides que colidiram com a sua superfície.  

Além das descobertas científicas, a missão testou com êxito novas tecnologias, que possibilitaram proteger os instrumentos e componentes eletrónicos da radiação solar direta, dada a proximidade do planeta com o Sol.

Uma outra sonda, a BepiColombo, será lançada, em janeiro de 2017, para estudar igualmente Mercúrio, mas numa missão euro-nipónica com tecnologia portuguesa, da empresa Active Space Technologies, que concebeu a mecânica e o isolamento térmico de um dos instrumentos.

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