Ao longo dos anos, têm sido várias as explicações avançadas para explicar a exclusividade do queixo da raça humana, incluindo uma que apontava para a sua utilidade para atrair parceiros sexuais (queixos proeminentes nos homens seriam sinal de serem bons parceiros.
Um novo estudo, no entanto, concluiu que a mandíbula evoluiu desta forma simplesmente para acompanhar o facto de os alimentos terem passado a ser cozinhados, logo, menos rijos.
Para os investigadores da Univerisdade da Florida, EUA, liderados por James Pampush, o facto de os macados não terem queixo prova que devem ter evoluído depois de os ancestrais do Homem se terem afastado dos outros ramos da família dos primatas.
Até aqui, alguns cientistas argumentaram que o desenvolvimento do queixo poderia ser um exemplo absolutamente casual da derivação genética, sem qualquer propósito evolutivo. O novo estudo, publicado no  Journal of Human Evolution, defende, por outro lado, que como a evolução do queixo aconteceu 77 vezes mais rapidamente do que a média das mudanças genéticas, é altamente improvável que tenha sido um acaso.
James Pampush calcula que o queixo tenha começado a emergir algures entre 6 milhões a 200 mil anos atrás, considerando mais provável que se situe nos 2 milhões de anos - a altura em que a humanidade deu o grande passo em frente no desenvolvimento da inteligência, incluindo a descoberta da possibilidade  de cozinhar os alimentos. Pampush acredita assim que o queixo é um resultado do encolhimento dos tentes e maxilares, uma vez que deixou de ser preciso mastigar plantas e carne cruas.
O facto de homens e mulheres terem queixo sempre ensombrou a teoria da utilidade sexual, uma vez que essas características normalmente aplicam-se apenas a um dos géneros.