Por Bruno Marfinati
SÃO PAULO (Reuters) - Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas pacificamente neste domingo em 24 Estados e no Distrito Federal para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, em atos mais dispersos e com um número total menor de participantes em relação às manifestações realizadas em março.
A Polícia Militar estima que aproximadamente 680 mil pessoas protestaram neste domingo, no segundo dia de manifestações em âmbito nacional contra o governo em menos de um mês. Os organizadores, porém, calcularam a participação de 1,5 milhão de pessoas, segundo dados compilados pela mídia local.
Em São Paulo, a estimativa da Polícia Militar é de que 275 mil pessoas protestaram na avenida Paulista, tradicional ponto de concentração de protestos da cidade, enquanto que o Instituto Datafolha afirmou que o ato reuniu 100 mil pessoas ao longo do dia na importante via da capital paulista.
Para os organizadores, 800 mil pessoas aderiram ao movimento na Paulista. Na manifestação realizada em 15 de março, a PM estimou que um milhão de pessoas participaram do protesto na cidade, enquanto o instituto Datafolha calculou em cerca de 210 mil.
Um comboio com cerca de 120 caminhões, segundo a PM, ostentando bandeiras contra Dilma, também se juntou ao protesto em São Paulo, mas foi impedido de acessar a avenida Paulista por questão de segurança.
No interior do Estado, as manifestações aconteceram principalmente na manhã deste domingo em cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Guarulhos e no Grande ABC.
No Twitter, partidários de Dilma manifestaram sua contrariedade às manifestações deste domingo, e a hashtag #AceitaDilmaVez já era a mais citada, segundo a lista de principais tópicos discutidos no site de microblog.
O Palácio do Planalto disse que não comentaria os protestos deste domingo, ao contrário do que ocorreu em março, quando os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram escalados para comentar os protestos.
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