Grande parte dos pais têm como principal preocupação evitar a exposição dos seus filhos a matérias como chumbo, gasolina, clorofórmio ou pesticidas. No entanto, o Institute for Research on Cancer (IRIC) acrescentou, na sequência de um estudo, os campos eletromagnéticos com radiações de micro-ondas a esta lista de riscos cancerígenos. Note-se que estas radiações de micro-ondas são a principal alimentação de aparelhos como rádios, telefones, televisões e de ligações por Wi-Fi. Este estudo classifica estas radiações como agentes de classe 2B, ou seja, possíveis carcinogénicos para humanos.
Ao aprofundar mais esta questão, o estudo conclui que as crianças absorvem uma maior quantidade de radiação micro-ondas do que os adultos. Isto porque, e segundo os autores, os corpos destas são mais pequenos, o crânio mais fino e os cérebros são mais absorventes.
Este estudo, publicado no Journal of Microscopy and Ultrastructure, refere muitos outros estudos feitos anteriormente para concluir que o hipocampo e hipotálamo das crianças absorvem entre 1,6 a 3,1 vezes mais quantidade de radiação do que o adulto, e que o seu cerebelo absorve 2,5 vezes mais radiações. Assim, conclui-se que as crianças têm maiores riscos quando expostas a estas radiações do que os adultos, e que quanto mais nova for a criança maiores são os riscos.
O estudo sugere ainda que, apesar de serem menores, existem riscos também para os adultos, defendendo que deveriam ser criados limites de exposição a este tipo de radiações.