Sindicatos e servidores ficam divididos sobre parcelamento
de salários
Enquanto médicos decidem parar, outras categorias da saúde
devem aceitar medida
compartilhar:
Facebook Google+ Twitter
postado em 16/01/2015
06:09 / atualizado em 16/01/2015 07:12
Almiro Marcos ,
Matheus Teixeira
Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press
Funcionários da educação vão conversar com o governo na
segunda-feira
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou ontem a adoção
de medidas para tentar normalizar a situação dos salários do funcionalismo
local. Primeiro, pela manhã, foi apresentado um novo calendário de pagamentos a
partir de fevereiro para a maioria dos servidores. De acordo com a mudança,
apenas quem ganha até R$ 9 mil líquidos continuará recebendo no 5º dia útil de
cada mês até que o governo regularizar as finanças públicas. Quem ganha acima
receberá apenas esse valor no início do mês e terá o restante distribuído em
outras parcelas (entenda como funciona no quadro acima). O Executivo fez ainda
uma proposta de parcelamento dos benefícios atrasados da Saúde e da Educação
até junho deste ano — estão incluídos férias, horas extras, 13º salários e
outros. Apenas os representantes das categorias de saúde em greve participaram
da negociação. Os educadores serão recebidos na próxima segunda-feira.
Saiba mais
Centro Administrativo inacabado não tem condições de receber
funcionários
Centro Administrativo inacabado não tem condições de receber
funcionários
Teatro Nacional e outros espaços de arte seguem fechados à
espera de obras
Teatro Nacional e outros espaços de arte seguem fechados à
espera de obras
Médicos da rede pública do Distrito Federal entram em greve
nesta sexta
Justiça nega bloqueio de bens de ex-governador do DF Agnelo
Queiroz
O conjunto da obra dividiu as categorias. Como 70% dos
servidores públicos do DF (sem contar a folha da Segurança Pública, que é paga
pela União e continuará quitada no 5º dia útil) ganha até R$ 9 mil líquidos,
para eles pouco importará a mudança na data de pagamento. Nesse sentido, a
tendência é que as paralisações e as manifestações dos sindicatos mais
numerosos — como boa parte da saúde e da educação — percam força. Já os
servidores com vencimentos mais altos, como os médicos, podem ter dificuldade
em aceitar o fato de que passarão a receber o pagamento distribuído em várias
parcelas dentro do mês.
Leia mais notícias em Cidades
A quinta-feira foi marcada por um endurecimento do GDF nas
negociações. Por um lado, o governo decidiu ceder ao aceitar um prazo de tempo
menor para pagar os atrasados (a proposta era pagar tudo até outubro e foi
antecipada para junho). Por outro, condicionou essa situação à aceitação de
todas as categorias do novo calendário mensal de pagamentos. “O acordo vale para
todo o pacote”, explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle. Ele
coordenou os encontros do dia, acompanhado de outros secretários representantes
da Câmara de Governança: Leonardo Colombini, da Fazenda; Leany Lemos, de
Planejamento, Orçamento e Gestão; e Antônio Paulo Vogel, de Gestão
Administrativa e Desburocratização. Também participou Marcos Dantas, secretário
de Relações Institucionais e Sociais.
Assim, sindicatos e servidores passam a ser pressionados.
Durante o dia, em várias situações, os secretários insistiam em dizer que as
paralisações não eram contra o governo e sim contra a população. “Por conta do
descalabro do governo anterior, somos obrigados a adotar medidas que não
gostaríamos. Estamos fazendo todo o esforço possível. As propostas apresentadas
são as que o GDF pode fazer para cumprir com o que ficou para trás e não
atrasar os salários. As greves não têm sentido, pois o principal prejudicado é
o cidadão”, avaliou Doyle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário