quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Processo na Justiça dos EUA revela como empresas pagavam propina a políticos



Odebrecht e Braskem assinaram acordos de leniência com Estados Unidos, Suíça e Brasil em troca de benefícios; empresas pagarão multa de quase R$ 7 bi.


Acordo de leniência mostra corrupção no alto escalão de Lula e Dilma


Detalhes do acordo de leniência assinado pela Odebrecht e pela Braskem com o Brasil, os Estados Unidos e a Suíça, mostraram o envolvimento de autoridades brasileiras num esquema de corrupção, durante os governos Lula e Dilma (leia ao final desta reportagem as versões de todos os citados).
As duas empresas concordaram em pagar multas de quase R$ 7 bilhões e revelar fatos ilícitos praticados nos três países.
E muitos fatos que aparecem nos documentos americanos têm semelhanças com episódios investigados na Operação Lava Jato, aqui no Brasil.
O processo na justiça americana revela a rotina de pagamento de propinas em troca de vantagens para a Braskem de 2002 a 2014. Seja na forma de isenções fiscais, fechamento de contratos com a Petrobras e até na aprovação de leis que tiveram impacto direto nos lucros da empresa.
O processo descreve as ações dos principais envolvidos no esquema. A justiça americana não divulga os nomes das pessoas investigadas. Se refere a autoridades e executivos usando números. Descreve como foram feitas as transações e os pagamentos e como isso beneficiou a Braskem.
Na lista, estão executivos do alto escalão da Braskem - identificados pelos números "um" e "dois". Autoridades dos governos Lula e Dilma também são identificados por números.
No poder Executivo, duas autoridades do mais alto escalão, dois ministros - sendo um deles conselheiro do governo e mais tarde eleito para o Congresso - e um alto executivo da Petrobras.
No poder Legislativo, três autoridades de primeira linha.







Nenhum comentário:

Postar um comentário