Celina Leão critica a má gestão na Segurança Pública de Brasília e conta os bastidores da eleição para o comando da Câmara Legislativa
A deputada Celina Leão (PPS/DF), uma das principais personagens na articulação para que Joe Valle (PDT) chegasse à presidência da Câmara Legislativa, na disputa com Agaciel Maia (PR), que tinha o apoio do governador Rodrigo Rollemberg, fala da necessidade do Poder Legislativo permanecer independente. Ela fez um balanço do trabalho dos deputados distritais e do Governo de Brasília. Assinalou que “os resultados do executivo estão longe do que o governador prometeu durante sua campanha.” Entre os acertos do GDF admitiu que “o governador conseguiu, já no primeiro ano, montar uma boa equipe econômica. ”
Afirma que as eleições de 2018 terão muitos pretendentes ao Palácio Buriti. Entre eles cita: Tadeu Felippelli, Izalci Lucas,Alberto Fraga, José Roberto Arruda e o próprio governador Rodrigo Rollemberg que deverá buscar a reeleiação.
O transporte, segundo a parlamentar, “continua o mesmo lixo.” Lamenta que apesar das denúncias graves de corrupção feitas pela CPI instalada, no governo passado, nada mudou.” Ela comemora uma notícia que recebeu de Curitiba que vai ser delatado todo o processo aqui de Brasília.
Na avaliação de Celina Leão, “a segurança tem alguns problemas estratégicos. O governo conseguiu fazer com que as forças policiais de Brasília não tivessem uma coordenação e muito menos uma interlocução.” Acho que tem muita má gestão na segurança pública. ”
Na avaliação da ex-presidente da Câmara, “a decisão mais importante do ano, no legislativo,foi rejeitar o aumento de impostos. A deputada disse que “o governo Agnelo foi muito irresponsável. Dobrou a folha de pagamento sem ter como aumentar a arrecadação. E isso se reflete até hoje. ”
Íntegra da entrevista com a deputada Celina Leão (PPS)
A deputada foi uma das protagonistas para a vitória de Joe Valle (PDT) a presidência da Câmara Legislativa. Foi uma resposta ao governo do DF? Houve traição de algum lado?
Celina Leão: Não foi uma ação somente nossa. Doze deputados estavam envolvidos no processo eleitoral do deputado Joe Valle. Muito mais pela essência do que a gente entende que é o poder legislativo, que deve sempre permanecer como um poder independente. Foi um esforço de vários. Foi a grandeza da deputada Sandra Faraj (SD) de abrir mão da candidatura dela, do deputado Welligton Luiz(PMDB), muito importantes nessa articulação. Foram vários personagens. Eu fui mais uma que colaborou, que ajudou nesse processo para que a gente entendesse que o Poder Legislativo deve ser um poder independente, porém, harmônico. Mas que a gente não deve votar no candidato do governador porque é o candidato do governador. Eles começaram o processo legislativo de votação com uma arrogância muito grande, falando que já tinham ganhado e que poderiam começar logo até menosprezando o poder do adversário que era um bloco bem coeso e bem fechado. Ganhou uma Câmara independente, porém altiva, harmônica.
A senhora se considera perseguida ou traída?
Celina Leão: Acredito que o nosso crescimento incomodou muitas pessoas. A gente sabe disso, nosso crescimento incomodou e incomoda. Essa trama que tentaram armar contra nós, o nosso mandato ela foi praticamente desfeita na semana em que a gente pegou o áudio completo. Infelizmente, os grandes veículos deram somente uma vez o áudio completo. Então, a gente tem a certeza da nossa inocência, a gente sempre falou isso, mas a perseguição, ela parece muito mais inveja do que o nosso trabalho, da nossa postura. Mas isso, toda a pessoa pública que cresce passa por isso. Estou está preparada. ”
A senhora identificou quem estava comandando a ação contrária a senhora?
Celina Leão: A gente já identificou alguns personagens: um blogueiro bilionário, um grupo de advogados, algumas pessoas ligadas ao governo. A tentativa foi de tirar o foco do governo. Os próprios autos, falam sobre isso. E a nossa citação é na página 474, depois de 400 páginas contra o governo do Distrito Federal. Uma cortina de fumaça. E isso está bem claro para mim e também para muitos do Poder Judiciário. A gente tem certeza que vai ter o arquivamento disso e vamos sair muito mais fortes do que entramos”.
Qual o balanço que a senhora faz destes dois anos de governo Rollemberg?
Celina Leão: Tive a oportunidade de falar muitas vezes com o governador e sempre fui muito sincera nas minhas colocações. Acho que ele não conseguiu deixar uma marca nestes dois anos de governo e acho muito difícil ele conseguir uma marca no terceiro ano que é um ano pré-eleitoral. É bem complicado. As promessas de campanha ficaram longe de serem cumpridas. A questão da promessa da legalização fundiária e melhoraria nas cidades, nas administrações, que estão aí aos cacos. Parece que tiraram toda a possibilidade de ter uma administração forte na sua região administrativa. Então, acho que o governo está muito longe daquilo que ele se comprometeu a fazer.
A senhora falou nos erros do governo. Alguns acertos que a senhora identifique e que sejam significativos para Brasília?
Celina Leão: Acho que o acerto do governo é que ele, no primeiro ano, conseguiu montar a uma boa equipe econômica. Mas uma equipe econômica não trabalha sem uma equipe que faça o desenvolvimento social, que faça um planejamento para melhorar a base de arrecadação. Mas ele fez, conseguiu num primeiro momento, conter uma crise grave que era a falta de recursos. Isso a gente reconhece e essa casa (Câmara Legislativa) foi fundamental para dar o suporte para que tudo isso também acontecesse. Então, com um certo controle ano passado, a gente percebia isso, uma equipe econômica preparada. Mas acho que só isso.
Transporte no Distrito Federal?
Celina Leão: O transporte continua o mesmo lixo e com as denúncias graves de corrupção que a gente fez no governo passado. O governo tomou a decisão de manter essa licitação de pé. Essa licitação tem dado um prejuízo de 1 bilhão ao ano ao erário. A gente já ganhou isso até na justiça e o governo insiste em manter. Nossa CPI aqui da Casa indiciou 17 pessoas que participaram deste certame. Agora, recebi uma notícia de Curitiba que Sacha Reck vai delatar todo o processo aqui de Brasília. Se ele delatar, aí fica mais tranquilo do governo assumir que realmente tem erro. Quando o governo sabe que tem erro, sabe que o custo do transporte público está muito mais alto, sabe que a licitação foi fraudada e não toma providência é porque alguém está se beneficiando disso, né? Eu acho que, em transporte público, o governo tem errado muito nessa continuidade desse certame criminoso.
Educação?
“O Governo não tem conseguido grandes projetos. Continua no básico do que já existe. ”
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Marcia Alencar, Secretária de Segurança |
Como vê a questão da segurança no Distrito Federal?
Celina Leão: A segurança tem alguns problemas estratégicos. Primeiro, as forças policiais não respeitam a própria secretária. Nem o próprio governo respeita a secretária (Márcia Alencar) no cargo. Com a secretária ainda exercendo a função, o governador convidou uma pessoa para assumir a pasta. Se eu fosse ela naquele momento, teria pedido minha exoneração porque convidar outra pessoa com alguém ainda na secretaria, é uma falta de respeito do próprio governador.
O governo conseguiu fazer com que as forças policiais de Brasília não tivessem uma coordenação e muito menos uma interlocução entre as forças. Acho que existe má gestão na segurança pública.
O que os deputados distritais podem fazer para contribuir na busca de uma solução?
Celina Leão: O que a gente pode fazer é dar sugestões, como a gente tem dado. Aprovar recursos como aprovamos agora para a segurança pública. Podemos colaborar cobrando do governo, cobrando uma gestão mais firme na segurança pública.
O PT apoiou o candidato contrário ao seu. Durante toda a gestão sempre houve um embate entre a presidente da Câmara e o Partido dos Trabalhadores. Como está esta relação hoje?
Celina Leão: Sempre fui uma adversária muito dura contra os projetos do PT aqui em Brasília. Mas sempre tive uma boa relação com alguns deputados do partido e um respeito com a bancada do PT como um todo. A gente entende a posição da bancada do PT. Acho que foi muito ruim para o partido que sempre afirmou que era contra o governo e votaram no candidato do governo. Se precipitaram para fazer um acordo com o governo para ter uma vaga na mesa. Eles podiam ter feito esse mesmo acordo com a oposição e o Joe Valle que era um candidato com perfil mais de independência. Eles teriam essa vaga também na mesa. Minha relação pessoal com os deputados é de harmonia, de respeito. Eu estou na mesma posição que eu estava. Quem mudou foi o governador Rollemberg.Ele tem uma relação, não sei que relação com o PT e alguns segmentos do PT.
A bancada evangélica tem hoje um poder de fogo respeitável na Câmara Legislativa. A que se deve o crescimento da bancada evangélica no Parlamento?
Celina Leão: Acho que é um crescimento, consequência de que a pessoa abraça uma proposta, um projeto e tem ali um grupo que acredita naquele projeto e defende aquelas bandeiras que são defendidas por alguns deputados. Acho que esse crescimento, em Brasília, é significativo. A última pesquisa da Codeplan, o segmento evangélico era de 40% superior a pesquisa de 2008.A gente sabe que todos os dias a igreja tem crescido e hoje acredito que o segmento evangélico seja de 50% da população ou mais. Mas o Estado é laico, tem que se respeitar todas as religiões, todas as comunidades, sejam elas quais forem. Acho que quando um segmento elege um deputado, principalmente, esse que tem uma bandeira muito forte, muito ligada ao segmento ele dá o recado que ele apoia alguns tipos de projetos e rejeita outros tipos de projetos. Projetos ligados à família e não tolerar essa situação de defesa dos bandidos e não da população como um todo. Essa situação tem sido ampla e é feita nos parlamentos. As pessoas tem buscado votar para ter suas ideias defendidas ali.
Quem, na sua opinião, está se preparando para ser candidato ou candidata a governador? A senhora é candidata?
Celina Leão: Sempre fui muito clara nas minhas colocações desde o começo do meu mandato. Falei que tinha um projeto para deputada federal. Quem sempre falou que eu seria candidata à governadora foi a população. Eu estava nas pesquisas com 15 a 16%. Nunca sai fazendo campanha para governo. Tenho um projeto para ser deputada federal, mas num cenário como esse ninguém sabe. Nós temos vários candidatos que se colocam como pretendentes. O ex-vice-governador Tadeu Felippelli, Izalci Lucas (PSDB), Alberto Fraga (DEM), e o governador deve vir para uma candidatura à reeleição. A gente não sabe quais os outros nomes, mas a gente sabe que vamos ter um cenário extenso. Quem sabe até o próprio José Roberto Arruda (ex-governador) com a suspensão do processo dele lá da caixa de Pandora, possa concorrer. Então, o cenário de 2018 é totalmente incerto, imprevisível. O que esses políticos podem fazer é trabalhar por Brasília até 2018, para a gente ver qual será o real cenário.
O senador Cristovam Buarque, em entrevista à Associação de Blogueiros de Política, afirmou que, no Senado, alguns senadores, de outros Estados, estão questionando o auxílio que Brasília recebe do Governo Federal. Eles alegam que Brasília também elege seu governador, mas o DF recebe vantagens e outros Estados, não. Alegam que isso é injusto?
Celina Leão: Quando o fundo constitucional foi criado, Brasília como capital precisava de um reforço, precisava ter aqui, a melhor segurança, a melhor educação do Brasil. A gente tinha que espelhar a capital do Brasil para todos os Estados. É responsabilidade do Governo de Brasília dar segurança às embaixadas, aos diplomatas, que moram na cidade. Brasília precisa de uma estrutura diferenciada. Na segurança, na Educação e na Saúde é onde pode ser aportado o fundo constitucional. Acho que o governo Agnelo (Agnelo Queiroz) foi muito irresponsável. Ele dobrou a folha de pagamento sem ter como aumentar a arrecadação. E isso está refletindo até hoje. É uma irresponsabilidade grave de um gestor que deixou uma crise enorme que está sendo administrada até agora. Acho que a gente tem condições de provar que o fundo constitucional é importante para nós é fazendo uma boa gestão. Temos que lutar para que isso permaneça porque se Brasília perder o fundo constitucional Brasília irá parar.
Como a senhora vê a reforma da previdência que está sendo proposta pelo atual governo federal?
Celina Leão: Estamos acompanhando um pouco à distância, mas os deputados estão discutindo teses. Há uma tese de que não tem recursos para pagar e outra tese que tem sim recursos para pagar e querem onerar o trabalhador. É um projeto sensível, tem que ter a participação de todos e é necessário um aprofundamento no tema. Se a previdência estiver realmente quebrando é muito melhor garantir um reajuste e todos terem um benefício do que quebrar e ninguém ter direito à previdência. Se tiver que fazer algo é agora, num governo de transição. Depois é pior. É mais difícil discutir isso.
E o Governo Michel Temer? As coisas melhoraram ou pioraram?
Celina Leão: O presidente Michel Temer investiu muito na equipe econômica. Pegou os melhores nomes do Brasil. Acho que se essa equipe econômica que o presidente levou para perto dele não der conta de resolver o problema econômico acho muito difícil alguém ter uma solução. Ele levou gente com currículo, experiência, que dá conta de recriar cenários e fazer o Brasil sair da crise. Claro, estão tomando medidas impopulares, mas que são necessárias.
Tivemos situações constrangedoras este ano na Câmara Legislativa do DF. Inclusive com a Polícia invadindo gabinetes de parlamentares. Não é um privilégio da Câmara Distrital, pois no Congresso Nacional a situação é semelhante. Como a senhora vê essa situação?
Celina Leão: Nenhum político está acima do bem e do mal. Todos nós estamos aí passíveis de sermos investigados. Eu não tenho medo de busca e apreensão, nada disso. O problema é que, muitas vezes, a sociedade faz um pré-julgamento daquilo. Se torna muito mais algo midiático do que verdadeiro.Com todas as buscas, com o Ministério Público oferecendo a denúncia sem ter um material comprobatório citando nosso nome nem nada. Pelo contrário, os autos me inocentam, nem me imputam responsabilidade de qualquer coisa. A gente tem certeza que isso vai passar, mas muitas pessoas que não conhecem, o processo como um todo podem fazer um pré-julgamento. Acho que a sociedade tem que ver isso com naturalidade. Agora tem que ver quem é inocente, quem é culpado. Nunca achei ruim ter uma denúncia, ademais a denúncia é fraquíssima. A gente sabe qual era o objetivo dessa denúncia. Tirar uma crise que estava no colo do GDF e passar para a Câmara, para o Poder Legislativo.
Diante de tudo o que aconteceu, das denúncias, do afastamento, qual sua postura, agora, como deputada, daqui para frente?
Celina Leão: Vou acentuar muito mais a posição de oposição. Já estamos preparando o trabalho de 2017, a gente não tem preguiça de trabalhar, sabe trabalhar. Nós vamos reforçar nossa condição de oposição. Como presidente de uma instituição tinha que criar um equilíbrio, portanto, ficava mais contida. Mas com liberdade de agir e de atuar, no ano que vem vai ser um bom ano para a gente trabalhar.
Qual o desafio da Câmara Legislativa para 2017?
Celina Leão: O desafio é continuar fazendo desta casa o centro das grandes discussões. A gente conseguiu fazer isso nos dois últimos anos. Conseguimos fazer com que a Câmara Legislativa fosse o local dos grandes embates, ouvir a população como um todo. Acho que essa vocação a mesa vai ter e os 24 deputados também. Eu falei uma coisa para o deputado Joe, não tem mais grupo derrotado ou grupo vencedor, nós todos agora vamos trabalhar, os que votaram e os que não votaram nele. Esse é o papel da Câmara, continuar sendo a protagonista da voz do cidadão do Distrito Federal. ”
O que, na sua opinião, a Câmara Legislativa fez de mais importante nesta legislatura e o que, deveria ter feito e não fez?
Celina Leão: A decisão mais importante, na minha opinião, foi a Câmara rejeitar o aumento de impostos. A gente rejeitou seis projetos de aumento de impostos. Esse é um legado que a gente deixa. Tem que se buscar outras formas de arrumar recursos, não aumentando os impostos. O governo deve trazer empresas para o DF e ver formas, mas não onerando o bolso do cidadão. Isso a Câmara Legislativa não vai permitir. Foi um desafio, uma grande discussão com o governo, mas os deputados não permitiram o aumento de impostos.
Outro ponto que eu destaco é a TV Distrital. Está pronta para ser inaugurada, mas não deu tempo. Será agora, na administração do Joe Valle. A TV Distrital é algo que eu queria ter feito, queria ter inaugurado, deixar funcionando, a gente conseguiu dois canais de TV aberta com transmissão ao vivo. Deixou um convênio assinado com a TV Câmara Federal e agora, com canal digital, quando passar na TV Câmara, o próximo canal é a TV Distrital. Nossa expectativa é que a TV funcione já no ano que vem para que a população possa acompanhar de perto o trabalho dos deputados distritais.
Uma questão que tem se discutido muito no DF é a regularização das áreas fundiárias, qual a sua opinião?
Celina Leão: Tem que mudar essa cultura no Brasil de grilagem, de invasão de terras. O Governo tem que tomar as rédeas disso, fazendo a oferta de lotes. Porque você nunca viu um edital de lote na Terração para pobre? Tem que ter, o pobre tem que ter direito de comprar a moradia dele, em algum lugar para ele não comprar do grileiro, para ele não invadir a área pública como tem acontecido em Brasília.
Como avalia a atuação da AGEFIS nesta questão?
Celina Leão: Temos que ter uma política forte de combate a invasão. Sou favorável a uma política forte de combate à invasão, notificar e ter uma política forte neste sentido. Eu só acho que a presidente da AGEFIS, as vezes é infeliz em algumas colocações, na forma de se fazer fazer as coisas. Eu tenho questionado a fórmula de fazer as coisas, área pública é área pública quem utiliza vai ter que pagar em algum momento. Eu tenho combatido muito isso, mas eles tem errado na forma de fazer. A s vezes, não custa nada mandar uma notificação, avisar. Mas acho também que deixar as administrações sem fiscais da AGEFIS e sem máquinas, é consolidar as invasões.
Temos satélites, funcionários públicos e não funcionários atentos com as invasões que podem avisar sobre os movimentos. Porque deixar construir para depois derrubar?
Celina Leão: Eles centralizaram na AGEFIS. Então, o próprio administrador para notificar tem que avisar a AGEFIS.Foi um erro. Eles precisam descentralizar, botar os fiscais nas administrações, colocar o maquinário nas mãos dos administradores com poder de notificação.Com isso, quando começam as invasões, os administradores tem que coibir imediatamente porque é responsabilidade deles. E responsabilizar civilmente o administrador se ele permitir a invasão. Ele terá que combater as invasões 24 horas e terá gente para esse combate. É uma política difícil de fazer, de combater, mas a estratégia do governo está errada. Depois que a invasão começou, há um ano, dois anos, combater é complicado.
Qual sua opinião sobre a implantação de eleições para administradores regionais?
Celina Leão: É um projeto do governador que até hoje não chegou na Câmara Legislativa. Acho que o governador falou isso quando era candidato. Mas depois que ele foi para a máquina pública…
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Após eleição da Mesa Diretora, já no recesso, Celina Leão, mais à vontade, conversou com a Agência Digital News. Foto: Edgar Lisboa |
Qual o recado que a senhora dá aos colegas parlamentares nessa busca para que a Câmara e Brasília acertem?
Celina Leão: Primeiro, quero agradecer a todos. Em nenhum momento, nós estivemos sozinhos. Tem pessoas que acompanham nosso mandato, tive a força da população que conhece a gente. Esse é o momento de agradecimento para essas pessoas que deram um voto de confiança para nós. O processo no seu desenrolar vem demonstrando a nossa seriedade, a nossa força mas, principalmente, a nossa lealdade com a população do Distrito Federal. 2017 será um ano muito importante. É um ano de vésperas de eleição. É um ano que a população ainda espera muita coisa do trabalho que prestamos. O que eu posso deixar de mensagem para a população é de reconhecimento. Por onde eu tenho ido, a população entende o processo de disputa política pelo qual eu tenho passado e tem nos apoiado. Eu trabalho e sou destemida. Acho que isso é que apavora tantas pessoas. Eu não tenho medo de nada. Porque quem não faz nada de errado, não precisa ter medo de ninguém. Tenho tranquilidade e acredito que 2017 será melhor que 2016.
Fonte: Agência Digital News/ blog edgarlisboa/ Fotos: Adriano Dornellas
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