segunda-feira, 23 de maio de 2016

Lava-Jato: PF mira ex-tesoureiro do PP e cumpre mandados no DF João Cláudio Genu continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a investigação

 postado em 23/05/2016 07:45 / atualizado em 23/05/2016 09:29
A Polícia Federal cumpre mandados em Brasília, Rio de Janeiro e Recife nesta segunda-feira (23/5) na 29ª fase da Operação Lava-Jato. Um dos alvos é João Cláudio Genu, ex-tesoureiro do PP e ex-assessor do falecido deputado José Janene (PP-PR). A ação foi apelidada de “Repescagem”.

Genu foi preso preventivamente em Brasília, quando acompanhava uma pessoa num hospital da cidade. São cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária, por cinco dias - Lucas Amorim e Humberto do Amaral –, e seis de busca e apreensão. Os policiais cumprem as ordens do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. “Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista”, informa a Polícia Federal.

O ex-tesoureiro continuou a agir criminosamente depois do mensalão, segundo a PF. “Surgiram, porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso que vitimou a Petrobrás, motivo pelo qual passou a ser investigado novamente na Operação Lava-Jato”, informou a corporação. “As investigações apontam que ele continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.”



A investigação apura crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa em relação a valores desviadas do esquema na Petrobrás.

Genu foi denunciado junto com Janene no mensalão. Ele foi acusado de sacar R$ 1,1 milhão em espécie de valores considerados propinas das contas da agência SMP&B, de Marcos Valério Fernandes Souza, condenado no caso e réu na Lava-Jato. Janene morreu antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal. Genu foi condenado por corrupção e lavagem, mas o primeiro crime prescreveu e, em recursos posteriores, ele foi absolvido do segundo crime.

O nome da 29ª fase, chamada de Repescagem, é uma referência ao fato de o ex-assessor de Janene já ter sido processado no mensalão e agora ser alvo da Lava Jato.

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