quinta-feira, 26 de maio de 2016

Governo Temer está preocupado com possíveis novas gravações

Auxiliares de Temer querem que ele se proteja e afaste em até 30 dias ministros citados na Operação Lava Jato ou que respondam a acusações judiciais
POLÍTICA ÁUDIOSHÁ 3 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
Assessores do presidente interino, Michel Temer, admitem que o clima é de apreensão no governo. O motivo é a possiblidade de que o Ministério Público tenha mais gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Os áudios podem reforçar suspeitas de que o PMDB estaria atuando para tentar barrar a Operação Lava Jato.
A Folha de S. Paulo destaca que os auxiliares de Temer querem que ele se proteja e afaste em até 30 dias ministros citados na Operação Lava Jato ou que respondam a acusações judiciais, como Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Maurício Quintella (Transportes).
A reportagem refere que Alves é alvo de dois pedidos de inquérito por suposto envolvimento no esquema de desvios ligados à Petrobras, ainda sem aval da Justiça. Quintella (PR) é suspeito de participação em desvios de verba destinados ao pagamento de merenda escolar em Alagoas. Os dois negam as acusações.
A equipe de Temer acredita que as gravações divulgadas até agora pelo jornal Folha de S. Paulo seriam somente parte do material entregue por Machado à Procuradoria-Geral da República, com quem ele fechou uma delação premiada, homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Um assessor presidencial afirmou que o governo interino está preocupado com o "fator do imponderável" sobre novas denúncias e a possibilidade de novos áudios resultarem saídas na base aliada às vésperas de votações de medidas econômicas no Congresso.
Na segunda-feira (23), quando foi divulgada a gravação do ex-ministro Romero Jucá (Planejamento) com Machado, o PV (Partido Verde) anunciou posição de independência no Congresso. O receio é que partidos como PSDB e DEM repitam o gesto caso as denúncias se aproximem do presidente interino.
A reportagem conversou com um aliado do presidente interino. Segundo ele, alguns auxiliares deverão se sacrificar para evitar que se tornem "tetos de vidro" de uma administração que tem um prazo curto para provar que pode continuar à frente do país.

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