segunda-feira, 7 de março de 2016

Policial que entregou dossiê da Lava Jato deve ser alvo de investigação

Divulgação/PDT

Flávio Werneck ocupou na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de assuntos estratégicos da corregedoria de saúde

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no DF, Flávio Werneck, que conforme a revista Veja levou um dossiê para o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, contendo informações contra o juiz Sérgio Moro e investigadores da Operação Lava Jato é ligado ao PDT, partido aliado ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em 2014, Werneck disputou mandato de deputado federal pela legenda, sem sucesso. Ele era o candidato oficial do Sindicato dos Policiais Civis do DF, pessoa da confiança do atual presidente, Rodrigo Franco.
Segundo informações da Agência Estado, a Coordenação de Assuntos Internos da Corregedoria da PF deverá instaurar investigação para apurar sua conduta nesse episódio do dossiê. O regimento dos policiais federais é o mesmo dos policiais civil (Lei nº 4.878/65) e, caso comprovada essa transgressão a pena prevista é a demissão.
Werneck já ocupou na gestão do governador Agnelo Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de assuntos estratégicos da corregedoria de saúde. O petista deixou o governo em 2014 em meio a vários escândalos de corrupção, inclusive na área da saúde.
Delegados da PF já identificaram nos seu quadro pessoas com a intenção de produzir dossiês contra investigadores que atuam na Lava Jato, mas não tinham conhecimento do episódio envolvendo Werneck que também é vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, que representa os agentes da PF.
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) irá divulgar nota nesta segunda, 7, dando apoio aos trabalhos dos delegados que atuam na Lava Jato e cobrando explicações de Werneck. “A entidade que ele dirige não representa os delegados”, diz a nota.
À revista Veja, Werneck justificou que apresentou o caso ao Planalto por se tratar de uma denúncia grave. “Temos um problema de anacromismo na investigação que já tem dois anos e vem pegando pontos-chave de empresas e do governo. Isso afeta diretamente a economia”, disse, segundo registrou a revista. No dossiê, a acusação é de que Moro e os outros envolvidos na Lava Jato estão a serviço de um grande plano do PSDB para implodir o PT e o governo.
Segundo a Veja, o ministro Jaques Wagner disse que encaminharia o dossiê para um promotor baiano de sua confiança dar sequência ao assunto. Ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro negou que tivesse recebido qualquer documento. “Desconheço e não me interessa conhecer.” O jornal O Estado de S.Paulo não conseguiu localizar Werneck neste domingo, 6. Na última semana, Wagner indicou o promotor Wellington Cesar Lima e Silva para o Ministério da Justiça no lugar de José Eduardo Cardozo. A nomeação foi cancelada por decisão da Justiça Federal no DF por ele ser promotor na Bahia.
Com informações da Agência Estado

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

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