Foi o famoso "tudo junto e misturado" o segundo e último dia do Lollapalooza 2016. Teve a alma soul do Alabama Shakes, os produtores de Justin Bieber unidos sob a alcunha de Jack Ü, a diva performática Florence Welch, além de Noel Gallagher e Albert Hammond Jr para viúvas roqueiras matarem a saudade de Oasis e Strokes. 75 mil pessoas estiveram no domingo (13) no Autódromo de Interlagos, uma multidão visivelmente mais volumosa que a do ano passado, somando um público total de 160 mil nos dias de evento.
Confira abaixo os pontos altos do Lollapalooza no domingo:
MC Bin Laden oficialmente caiu nas graças de dois dos produtores mais badalados do pop mundial. Skrillex e Diplo, que se apresentaram no Palco Onix sob a alcunha de Jack Ü, convidaram o funkeiro para os momentos finais de sua apresentação para "Tá tranquilo, tá favorável" coroar a loucura que foi a apresentação dos norte-americanos. Leia mais sobre a apresentação.
O público de 75 mil pessoas, neste domingo, aguentou a chuva fraca e as versões ao vivo ainda mais fracas de Florence + the Machine, com devoção. Mas em "Dog days are over", hit já "antigo" (2009) da cantora inglesa, foi o momento de se jogar copos para o alto e comemorar mais um fim de Lollapalooza. Uma catarse que compensou o som baixo e a falta de vigor do disco recente de Florence. Leia mais sobre o show.
Noel Gallagher arrebatou uma multidão em show emocionante, com os fãs cantando sozinhos "Don't look back in anger", em coro gigante sob chuva fina no final. O show de pouco mais de uma hora foi menor do que o set habitual do ex-Oasis com a banda de apoio High Flying Byrds. Foram dez músicas solo, dos discos "Noel Gallagher's High Flying Birds" e "Chasing Yesterday" (2015), e cinco do Oasis. Leia mais sobre o show.
O Alabama Shakes retornou ao Lolla, após show em 2013, promovido ao segundo maior palco. A quantidade de pessoas no morro do palco Onix justificava no mínimo um horário de maior prestígio. A vocalista Brittany Howard é uma ótima guitarrista, mas é quando deixa seu instrumento de lado e se movimenta e dança pelo palco que mostra ser uma força da natureza. Leia mais sobre o show do Alabama Shakes no Lollapalooza.
O Twenty One Pilots parece formada por dois youtubers, daqueles mascarados e tal. Só que talentosos. Representou bem a geração "todos estilos musicais têm algo em comum". "Tear in my heart" foi a que melhor resumiu a proposta do duo americano. Ela começa indie pop fino e termina poperô descarado. Obviamente, é boa demais. Leia mais sobre o show do Twenty One Pilots no Lollapalooza.
Sucesso na rádio Disney, o Walk the Moon usa todas as artimanhas de levanta-público: melodias fáceis, ritmo para cima e pedido de mãozinhas para o alto e palminhas. É um pop com teclados e inspiração dançante, um Killers diluído. Em "Shut up and dance", fazem tudo certinho para menores de 18 discos clássicos do pop em sua discoteca básica. Para uma tarde gostosa no gramado com amigos em seu primeiro festival com certeza cai bem. Como recriminar? Leia mais sobre o show do Walk the Moon.
Mesmo sem a banda que o revelou, Albert Hammond Jr. fez um show "strokeano". Sem música do Strokes no repertório desta sua carreira solo, o guitarrista (e agora cantor) agradou tanto "viúvas" do grupo (as faixas próprias lembram Strokes) quanto desavisados que passavam por ali. O fã-clube da banda não pediu Strokes (até porque já se sabe que não rola). E ninguém pareceu sentir falta. Leia mais sobre o show.
"Que dia para o nosso país hoje", disse o vocalista Marcelo D2 durante show do Planet Hemp, no dia em que aconteceram vários protestos no Brasil. "Esquerda e direita, quem vai roubar mais? Quem vai enganar mais a gente?", continuou D2, antes de a banda tocar a música "Futuro do país". A banda, que retorna mais uma vez ao cenário, fez um show animado e com comentários políticos no final do Lollapalooza 2016. Leia mais sobre o show.
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