sexta-feira, 11 de março de 2016

Em delação, Delcídio diz que Temer ‘patrocinou’ indicação de diretor condenado por corrupção



Lenha na fogueira O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou o vice-presidente Michel Temer no acordo de delação que firmou com o Ministério Público Federal. Ele relatou em sua colaboração premiada à Lava Jato que o peemedebista foi “o grande patrocinador” da indicação de Jorge Zelada para a área internacional da Petrobras. O ex-diretor, apontado como o elo do PMDB no esquema, cumpre pena de 12 anos de prisão. A possibilidade de que ele também decida se tornar delator preocupa o partido.
Bônus Delcídio também aponta ligação entre o vice e o lobista João Augusto Henriques, escolhido para suceder Nestor Cerveró na área Internacional da Petrobras. A indicação, diz, foi barrada por Dilma Rousseff.
Nem vem A assessoria do vice afirma que Zelada foi indicado pela bancada do PMDB de Minas e que, “na condição de presidente da sigla”, Temer o recebeu antes da nomeação e em 2011, quando tentou se manter no cargo, mas “não obteve apoio”.
Distante O vice diz ainda não ter nenhuma relação de proximidade com Henriques.
Regressiva Em conversas reservadas nesta quinta-feira (10), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu um prognóstico amargo para o governo: o impeachment será votado no plenário da Casa em cerca de 45 dias.
Não deviam Integrantes de peso do Ministério Público Federal classificaram o pedido de prisão de Lula como “loucura”. A avaliação é que o Ministério Público Estadual deveria ter se limitado à denúncia.
Reprimenda Adversário do ex-presidente da República, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, também condenou a decisão dos promotores de SP: “Considerei um exagero esse pedido de prisão do Lula. Não vi razões para isso”.
Cólera Ministros petistas esbravejavam ao saber do pedido de prisão de Lula. “Eles querem tocar fogo no país, será um salve-se quem puder”, dizia um deles.
Diga ao povo Lula avisou ao Palácio do Planalto na noite de quinta (10) que não assumirá nenhum cargo na Esplanada. Coube ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil) informar Dilma da decisão. A recusa deixou o governo ainda mais pessimista.
Fale com ela Dilma estava no meio de um evento em Manguinhos, no Rio, quando a prisão de Lula foi pedida. Auxiliares decidiram não avisá-la naquele momento. A petista só soube ao fim da solenidade. Logo telefonou para Jaques Wagner.
Sinal dos tempos A Lava Jato está tão em voga que e-mails usados para espalhar vírus agora utilizam como chamariz a seguinte frase: “Inclusão de nome em delação”.
Alto lá A menção do deputado Wadih Damous (PT-RJ) entre possíveis nomes para a Justiça acendeu a luz vermelha na PF. Recentemente, ele disse que parte da corporação agia como “polícia política”.
Sem chance Palacianos afirmam que Damous passa longe da lista.
O que é de César Wellington César ficará na Justiça por ora. O governo não quis definir a vida do ainda ministro antes dos protestos de domingo. Ele tem 20 dias para deixar o cargo ou decidir se abre mão da carreira no Ministério Público.
Por fora Enquanto Brasília pegava fogo, FHC recebia na noite de quinta, em Lisboa, o título de sócio honorário do Círculo Eça de Queiroz, espécie de clube de intelectuais.
Mais cortes O comando da Petrobras não vê como manter todos os atuais contratos de aluguel de sondas. A conta hoje é que dez equipamentos em uso terão de ser limados até o fim do ano. Além de poupar, a estatal quer priorizar o pré-sal.
Desembarque Enroladas na Lava Jato, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão estão perto de resolver pelo menos um problema: devem fechar em breve acordo para receber cerca de R$ 600 milhões dos sócios japoneses no Estaleiro Atlântico Sul. Os asiáticos deixarão o negócio.


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

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