Integrantes da base governista e da oposição têm seu nomes citados pelo senador
Em delação premiada homologada nesta terça-feira (15/3), pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) denunciou ações de diversos políticos brasileiros – tanto da base governista quanto da oposição. Confira quem foi citado no depoimento do ex-chefe de governo do PT no Senado:
Aloízio Mercadante:
O senador Delcídio do Amaral afirmou em delação premiada que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, prometeu dinheiro e ajuda para que ele deixasse a prisão e não tivesse seu mandato cassado no Senado. As revelações foram antecipadas pela revista Veja. Em troca, o senador não poderia falar a respeito do governo nas investigações da Operação Lava Jato. De acordo com a publicação, o governo teria tentado o acordo para comprar o silêncio de Delcídio. Areportagem publicou também a transcrição da delação premiada em que o senador revela a tentativa de Mercadante. A conversa teria ocorrido com um assessor de Delcídio, José Eduardo Marzagão. O ministro diz que nunca tentou impedir a delação do senador.
Dilma Rousseff:
Para Delcídio, não há chance de a presidente Dilma Rousseff e demais conselheiros de Administração da Petrobras se livrarem de responsabilidade na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Dilma era ministra da Casa Civil e chefe do colegiado em 2006, quando foi aprovada a aquisição da refinaria, feita em duas etapas: uma naquele ano e outra em 2012. O negócio é considerado um dos piores já feitos pela estatal. Conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), gerou perdas de US$ 792 milhões à companhia.
Para Delcídio, não há chance de a presidente Dilma Rousseff e demais conselheiros de Administração da Petrobras se livrarem de responsabilidade na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Dilma era ministra da Casa Civil e chefe do colegiado em 2006, quando foi aprovada a aquisição da refinaria, feita em duas etapas: uma naquele ano e outra em 2012. O negócio é considerado um dos piores já feitos pela estatal. Conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), gerou perdas de US$ 792 milhões à companhia.
Lula:
De acordo com a delação, a CPI do Carf é um tema que aflige o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já o procurou para tentar evitar a convocação de Mauro Marcondes e da esposa do lobista, Cristina Mautoni. O casal está preso preventivamente e é réu na Operação Zelotes, que investiga a compra de medidas provisórias durante os governos Lula e Dilma. Investigadores também apuram o pagamento de R$ 2,5 milhões feito pela consultoria de Marcondes à empresa de um dos filhos de Lula. O senador prometeu a Lula “mobilizar uma tropa” para resolver a questão da convocação do casal na CPI do Carf e reuniu-se com líderes da base do governo. Ele disse ainda que requerimentos de “alta periculosidade e sensíveis a Lula, a exemplo da convocação de seus filhos”, foram derrubados na CPI do Carf em novembro após mobilização articulada por ele com líderes da base. no resumo da delação, divulgado nesta terça, o nome de Lula é citado 186 vezes.
De acordo com a delação, a CPI do Carf é um tema que aflige o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já o procurou para tentar evitar a convocação de Mauro Marcondes e da esposa do lobista, Cristina Mautoni. O casal está preso preventivamente e é réu na Operação Zelotes, que investiga a compra de medidas provisórias durante os governos Lula e Dilma. Investigadores também apuram o pagamento de R$ 2,5 milhões feito pela consultoria de Marcondes à empresa de um dos filhos de Lula. O senador prometeu a Lula “mobilizar uma tropa” para resolver a questão da convocação do casal na CPI do Carf e reuniu-se com líderes da base do governo. Ele disse ainda que requerimentos de “alta periculosidade e sensíveis a Lula, a exemplo da convocação de seus filhos”, foram derrubados na CPI do Carf em novembro após mobilização articulada por ele com líderes da base. no resumo da delação, divulgado nesta terça, o nome de Lula é citado 186 vezes.
Temer
O vice-presidente Michel Temer foi citado como responsável pela indicação de um diretor da BR Distribuidora que fez aquisições de etanol de forma ilícita. De acordo com Delcídio, Temer foi responsável pela indicação de João Augusto Henriques para a companhia estatal no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Já a compra ilegal de álcool teria ocorrido entre 1997 e 2001. Na oportunidade, Temer era deputado federal e ocupava a presidência da Câmara.
O vice-presidente Michel Temer foi citado como responsável pela indicação de um diretor da BR Distribuidora que fez aquisições de etanol de forma ilícita. De acordo com Delcídio, Temer foi responsável pela indicação de João Augusto Henriques para a companhia estatal no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Já a compra ilegal de álcool teria ocorrido entre 1997 e 2001. Na oportunidade, Temer era deputado federal e ocupava a presidência da Câmara.
Lewandowski:
De acordo com Delcídio, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), teria se encontrado em Portugal com o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a própria presidente Dilma Rousseff para tratar da Operação Lava Jato e do processo de impeachment. Além disso, o ministro Aloizio Mercadante teria prometido falar com Lewandowski para interceder pela liberdade de Delcídio. O ministro nega ter participado de qualquer conversa do tipo.
De acordo com Delcídio, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), teria se encontrado em Portugal com o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a própria presidente Dilma Rousseff para tratar da Operação Lava Jato e do processo de impeachment. Além disso, o ministro Aloizio Mercadante teria prometido falar com Lewandowski para interceder pela liberdade de Delcídio. O ministro nega ter participado de qualquer conversa do tipo.
Aécio Neves:
Delcídio disse que o senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG) recebia vantagens ilícitas desviadas da diretoria de engenharia de Furnas. De acordo com o petista, o esquema era operado pelo ex-diretor Dimas Toledo, que teria “vínculo muito forte” com o tucano.
Delcídio disse que o senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG) recebia vantagens ilícitas desviadas da diretoria de engenharia de Furnas. De acordo com o petista, o esquema era operado pelo ex-diretor Dimas Toledo, que teria “vínculo muito forte” com o tucano.
Eduardo Cunha:
O senador chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de “menino de recados” do banqueiro André Esteves em assuntos de interesse do Banco BTG, “especialmente no que tange a emendas às Medidas Provisórias que tramitam no Congresso”. O deputado minimizou a o conteúdo envolvendo seu nome. “Tem coisa muito mais grave nisso aí para vocês se preocuparem”.
O senador chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de “menino de recados” do banqueiro André Esteves em assuntos de interesse do Banco BTG, “especialmente no que tange a emendas às Medidas Provisórias que tramitam no Congresso”. O deputado minimizou a o conteúdo envolvendo seu nome. “Tem coisa muito mais grave nisso aí para vocês se preocuparem”.
Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do mensalão:
Delcídio do Amaral afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram na compra do silêncio do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza. A negociação teria custado entre R$ 110 milhões e R$ 220 milhões, pagos por empreiteiras do esquema de corrupção na Petrobras – revelado pela Operação Lava Jato.
Delcídio do Amaral afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram na compra do silêncio do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza. A negociação teria custado entre R$ 110 milhões e R$ 220 milhões, pagos por empreiteiras do esquema de corrupção na Petrobras – revelado pela Operação Lava Jato.
Gleisi Hoffmann e Humberto Costa:
No acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações, Delcídio avaliou que “se deve dar atenção especial” para o período no qual a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, foi diretora financeira de Itaipu, quando vários negócios envolvendo obras teriam passado pelas suas mãos. Delcídio também alega que o senador Humberto Costa (PT-PE) “agiu com desenvoltura” na Refinaria de Suape (PE). “Ele foi parceiro, entre outras empresas, da White Martins, que sempre contribuiu decisivamente para suas campanhas”, afirmou.
No acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República para colaborar com as investigações, Delcídio avaliou que “se deve dar atenção especial” para o período no qual a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, foi diretora financeira de Itaipu, quando vários negócios envolvendo obras teriam passado pelas suas mãos. Delcídio também alega que o senador Humberto Costa (PT-PE) “agiu com desenvoltura” na Refinaria de Suape (PE). “Ele foi parceiro, entre outras empresas, da White Martins, que sempre contribuiu decisivamente para suas campanhas”, afirmou.
Adir Assad, empresário:
Em delação, o senador afirma que uma das maiores operações de “caixa 2” da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010 ocorreu por meio do empresário Adir Assad. O executivo foi condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa em obras da Petrobras em setembro do ano passado e cumpre prisão domiciliar. De acordo com Delcídio, o então tesoureiro de campanha de Dilma e ex-secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, José Filippi Júnior, orientava os empresários a fazerem contratos de serviços com as empresas de Assad, que repassava os recursos para o Partido dos Trabalhadores. “Esse expediente foi largamente utilizado”, afirmou o delator.
Em delação, o senador afirma que uma das maiores operações de “caixa 2” da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010 ocorreu por meio do empresário Adir Assad. O executivo foi condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa em obras da Petrobras em setembro do ano passado e cumpre prisão domiciliar. De acordo com Delcídio, o então tesoureiro de campanha de Dilma e ex-secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, José Filippi Júnior, orientava os empresários a fazerem contratos de serviços com as empresas de Assad, que repassava os recursos para o Partido dos Trabalhadores. “Esse expediente foi largamente utilizado”, afirmou o delator.
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