segunda-feira, 21 de março de 2016

Com luz, grupo anti-PT projeta palavra 'impeachment' no Planalto Manifestantes fazem ato contra Dilma; protesto fechou Eixo Monumental. Protesto reunia 6 mil pessoas, diz PM; organizadores estimavam 3 mil. Alexandre Bastos e Lucas Nanini Do G1 DF

Projeção da palavra "impeachment" na lateral do Palácio do Planalto, durante protesto contra a presidente Dilma e o PT (Foto: Alexandre Bastos/G1)Projeção da palavra "impeachment" na lateral do Palácio do Planalto, durante protesto contra a presidente Dilma e o PT (Foto: Alexandre Bastos/G1)
Manifestantes contra o governo federal se reúnem em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (21), para pedir a renúncia da presidente Dilma Rousseff. O grupo se concentrou no Museu da República e seguiu para o gramado do Congresso Nacional antes de ir à sede do Executivo.
Por volta das 19h, os participantes começaram a projetar na lateral do Palácio do Planalto a palavra "impeachment". Os manifestantes pediam a saída de Dilma e gritavam palavras de ordem contra o PT e contra a corrupção. Eles usavam vuvuzelas, apitos, bandeiras, faixas, panelas e balões.Segundo a Polícia Militar, a via S1 do Eixo Monumental – sentido Praça dos Três Poderes – foi fechada na altura da Alameda das Bandeiras. Também há bloquio na subida da N1 para a L4 Norte.

A Polícia Militar disse que 6 mil pessoas estavam no local por volta das 19h40. Até as 19h15, os manifestantes afirmavam que eram 3 mil. A expectativa deles era de que 30 mil participantes durante todo o ato. Não houve registro de incidentes ou ocorrências até horário, disse a PM.
Uma das frases repetidas pelos participantes do protesto foi "não vai ter posse", em referência à nomeação do ex-presidente Lula como ministr-chefe da Casa Civil. Eles também diziam "Lula ladrão, seu lugar é na prisão" e "nossa bandeira jamais será vermelha".

Depois de projetarem a palavra "impeachment",na lateral do Planalto, os manifestantes escreveram "voltem pro Congresso", dizendo aos participantes para deixarem a área em frente ao Palácio do Planalto e seguirem até o gramado em frente ao Congresso Nacional.
Projeção da palavra "impeachment" em torre do Congresso Nacional (Foto: Alexandre Bastos/G1)Projeção da palavra "impeachment" em torre do Congresso Nacional (Foto: Alexandre Bastos/G1)
No gramado em frente à cúpula do Senado, manifestantes projetaram os termos “impeachment”, “fora Dilma” e “somos todos Moro” em uma das torres do Congresso Nacional. Os participantes comemoraravam toda vez que uma expressão nova aparecia escrita no edifício.
Manifestantes se concentram em frente ao Palácio do Planalto, durante protesto contra a presidente DIlma; grupo projetou com luz a palavra "impeachment" na lateral do prédio e exibiu letras que formavam a frase "somos Moro" (Foto: Alexandre Bastos/G1)Manifestantes se concentram em frente ao Palácio do Planalto, durante protesto contra a presidente DIlma; grupo projetou com luz a palavra "impeachment" na lateral do prédio e exibiu letras que formavam a frase "somos Moro" (Foto: Alexandre Bastos/G1)
O ambulante Jackson Pereira, de 26 anos, vende bandeiras em dois tamanhos, por R$ 20 e R$ 30. "Eu vim a outros dois protestos para vender. Já faturei R$ 600. Concordo com a mudança da política. Nós estamos cansados de pagar tão caro e não ter retorno."

A gerente de projetos Nena Lentini diz acreditar que movimentos diferentes pedem pela saída da presidente Dilma. "Todas as manifestações são contra a corrupção. Como a corrupção está arraigada nesse governo, todos manifestamos juntos. Ela [a presidente] não falou que o problema do Brasil era um mosquito? Então, ela é a zika do país."
A gerente de projetos Nena Lentini durante protesto contra a presidente Dilma em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Alexandre Bastos/G1)A gerente de projetos Nena Lentini durante protesto contra a presidente Dilma em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Alexandre Bastos/G1)
O ambulante Carlos Augustos Hipólito, 35 anos, veio de São Paulo nesta segunda-feira para vender produtos para o show do Iron Maiden, que acontece nesta terça (22), no ginásio Nilson Nelson, e aproveitou para ganhar um dinheiro na manifestação.

"Eu vim para vender camisetas e bandeiras no show do Iron Maiden, mas aproveitei as manifestações para faturar um pouco mais. Eu acho que ganho uns R$ 150 hoje porque está devagar. Mas isso já banca as despesas com a viagem, o hotel e a compra do material."

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