quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Roger Abdelmassih ganha direito à prisão domiciliar definitiva


Sentença foi confirmada nesta quinta-feira (22) pela 6ª Vara Criminal do TJSP



Reprodução/Agência Brasil


Ana Helena Paixão



A 6ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu, por unanimidade, prisão domiciliar definitiva ao médico Roger Abdelmassih, de 74 anos. A decisão, desta quinta-feira (22/2), confirma entendimento da juíza Sueli Zeraik, da 1ª Vara de Execuções Penais de Taubaté (SP), que em junho de 2017 havia determinado o direito de Abdelmassih cumprir pena provisoriamente em regime domiciliar.
O médico condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes, havia conseguido o direito de cumprir a pena em casa em junho de 2017. Na ocasião, a juíza Sueli Zeraik, da 1ª Vara de Execuções Penais, de Taubaté, havia concedido a medida provisoriamente ao réu.


Segundo o advogado de Abdelmassih, Antonio Celso Fraga, “Roger tem uma doença incurável, progressiva e que trás diversas dificuldades para as atividades do cotidiano, que é a insuficiência cardíaca 4”.
O advogado ainda diz que Abdelmassih permanecerá em seu apartamento no Jardim Paulistano, zona oeste de São Paulo, e que somente poderá sair com prévia autorização da Justiça.
Entenda o caso
O ex-médico Roger Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão por abusar sexualmente de 37 pacientes, mas cumpriu menos de três em regime fechado. Passou mais tempo foragido — quatro anos — do que na cadeia.
Abdelmassih era conhecido como “médico das estrelas” graças ao trabalho realizado em sua clínica de reprodução humana, a mais famosa do país, onde atendia celebridades e mulheres da alta sociedade. Ele estuprou as pacientes enquanto estavam dopadas para receber inseminação artificial.
“Fechei os olhos sonhando em ser mãe e acordei no meio do ato, com ele em cima de mim. Ele destruiu famílias inteiras”, relata Vania, uma das vítimas do agressor, que contraiu uma bactéria durante o estupro e perdeu os embriões aplicados.
O estuprador teve o local de prisão modificado oito vezes. A prisão domiciliar de Abdelmassih foi expedida pela Justiça em 21 de junho de 2017, com a justificativa de que ele estaria com a saúde debilitada.
O Ministério Público de São Paulo pediu que o ex-médico retornasse ao regime fechado, mas o Tribunal de Justiça local o autorizou a usar tornozeleira eletrônica em um hospital e, depois, em casa.
Nos últimos 11 anos, Adbelmassih tocou a vida normalmente. Casou-se, teve um par de gêmeos com a nova mulher e, foragido da Justiça, morava numa mansão no Paraguai.

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