- 10/02/2018
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso pediu explicações ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, e afirmou que ele pode ter cometido “infração administrativa e até mesmo penal” por ter sugerido que o inquérito contra o presidente Michel Temer no caso dos portos possa ser arquivado e ter ainda cogitado punições ao delegado que comanda a investigação.
“Tendo em vista que tal conduta, se confirmada, é manifestamente imprópria e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal, determino a intimação do Senhor Diretor da Polícia Federal, Delegado Fernando Segovia, para que confirme as declarações que foram publicadas, preste os esclarecimentos que lhe pareçam próprios e se abstenha de novas manifestações a respeito”, afirmou Barroso, em despacho deste sábado (10).
Em seu despacho, Barroso também pede que o Ministério Público Federal tome ciência do caso “para que – na condição de órgão de controle externo da atividade policial federal –, tome as providências que entender cabíveis”.
Barroso é o relator do inquérito no Supremo. Temer está sob investigação pela edição de um decreto sobre o setor de portos. A suspeita é que a medida pode ter beneficiado a empresa Rodrimar. A investigação foi pedida ainda na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Não é “adequado”, que o Diretor-Geral de Polícia Federal se manifeste demonstrando plena convicção a respeito de investigações em curso mesmo sendo opinião pessoal.
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