quinta-feira, 25 de maio de 2017

MÃE DEPOIS DE 60

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira.

SER MÃE AOS SESSENTA

Entre as mães tardias há algumas, como a médica Lina Álvarez (e outros casos na Espanha e outros países), que superam em muito a barreira dos 50. Ángeles Sanz, psicóloga clínica, considera que essas não deveriam ser denominadas de tardias, mas de “maternidades fora do controle, do ponto de vista do fisiológico”. Para a psicóloga, “há uma grande diferença entre ser mãe com 45 e ser com 60”.

É verdade, acrescenta, “que a medicina avançou muito, e muito eficazmente, para ajudar as mulheres a formar uma família, para que esse milagre seja possível”. Mas é importante “levar em conta as necessidades afetivas e emocionais desse filho que nasce em um contexto no qual está condenado a enfrentar um sentimento de perda de apego muito profundo porque, pela lei da vida, sua mãe ou seus pais lhe vão faltar antes dos 12, 14 ou até 10 anos de vida, um sentimento de orfandade que o marcará para sempre”.

Além disso, argumenta Sanz, “é importante ter muito presentes as expectativas emocionais reais quanto à educação que se vai dar a um filho quando a mãe ou os pais se encontram em um momento de maturidade no qual as possibilidades de flexibilidade emocional, de tolerância e aceitação podem estar reduzidas simplesmente pela própria história pessoal e os avagares de suas próprias vidas”.

E, conclui: “Também é importante ter em conta as razões emocionais pessoais da mãe ou dos pais que, chegados a esse momento de suas vidas, decidem encarar a maternidade ou paternidade quando se vão sentir, dentro de poucos anos, mais cansados para lidar com as necessidades de um pré-adolescente ou adolescente”.

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