- 03/04/2018
A procuradora-Geral da República, #Raquel Dodge, que já deixou bem claro que é a favor das prisões após condenação em segunda instância, mandou uma mensagem ao #Supremo Tribunal Federal (STF) um dia antes do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio #Lula da Silva.
Nesta terça-feira, 3 de abril, Dodge avaliou que o julgamento do Supremo é um dos mais importantes da história do tribunal. A procuradora enfatizou que se a Corte mudar o entendimento sobre prisões após condenação em segunda instância, apenas irá fazer com que a Justiça aja tardiamente, fazendo com que muitos condenados permaneçam em liberdade.
Para Dodge, é um grande exagero existirem quatro instâncias.
Na sua justificativa, a procuradora comentou que o princípio da presunção da inocência é muito importante em todos os países, mas apenas no Brasil é tratado de maneira exagerada, fazendo com que réus condenados permaneçam em liberdade. Caso a Justiça mude sua forma de agir, acontecerá uma grande falha no sistema. Raquel Dodge mostrou-se preocupada com o resultado da decisão do Supremo do próximo dia 4.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4° Região. O petista é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, apontado como um dos comandantes de uma imensa organização criminosa que se instalou no Brasil. A defesa do petista tenta de todas as formas livrar Lula da cadeia, no entanto.
o forte apelo popular e a pressão dos investigadores colocam Lula cada vez mais no ”buraco”.
Nesta terça-feira, movimento cívicos como o MBL, Vem Pra Rua, Nas Ruas, e tantos outros espalhados em diversas cidades do Brasil preparam-se para pressionar o Supremo a favor da prisão do ex-presidente Lula.
Caso o petista tenha o hc aceito e os ministros mudem o entendimento de prisões após condenação em segunda instância, não será apenas Lula que se salvará da cadeia. Condenados por crimes de pedofilia, financeiros, corrupção e homicídios, ganharão maiores recursos e oportunidades com a Justiça para conseguirem a liberdade e também o atraso nos julgamentos. A condenação por um crime poderá demorar anos para acontecer, prejudicando as vítimas e causando desordem e insegurança na sociedade.
Resta esperar para saber qual será o entendimento do Supremo e os impactos que os ministros colocarão no Brasil.
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