segunda-feira, 3 de outubro de 2016

“Patinho feio” das eleições do Paraná, Gleisi assiste ao naufrágio do PT, criticando a Lava-Jato




Ninguém quer ver a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT) dando palpite em campanhas eleitorais. A petista paranaense, que na última semana tornou-se ré na Operação Lava-Jato, após decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escanteada na campanha eleitoral do candidato do seu partido à prefeitura de Curitiba.

Em entrevista ao noticioso “Paraná Portal”, a senadora explicou sua ausência no período eleitoral. “Acompanhei mais de longe por causa do impeachment e também pela defesa que fizemos contra o golpe, fizemos uma campanha propositiva”, disse.

Gleisi, como sempre, atacou de forma colérica a Operação Lava-Jato, afirmando que o processo servirá para que possa fazer sua defesa. “Este é um processo injusto, que em um outro período o tribunal não aceitaria (a denúncia), é uma coisa sem base, que não tem provas, mas isso servirá para que faça minha defesa, coisa que até agora não tive oportunidade”, disse.

O delírio de que existe algum cerceamento de defesa para os petistas encalacrados em denúncias criminais é recorrente. Contundo, não tem qualquer relação com a realidade dos fatos.

Gleisi Hoffmann, de igual modo, pode até afirmar que o processo que já tramita no STF será uma oportunidade para provar sua inocência, assim como a do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), mas não se pode ignorar que a 2ª Turma aceitou por unanimidade a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso significa que em eventual julgamento no plenário do Supremo, Gleisi de chofre sairá com pelo menos cinco votos contra.

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